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Itapira, 25 de Novembro de 2024
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13/10/2014 | Professor mediador, uma novidade saudável nas escolas estaduais

Ivanilde ao lado da vice-diretora Fatima, aquela que deu a maior força para o preenchimento da vaga

 

No dia 15 desate mês celebra-se em todo o Brasil o Dia do Professor. A Cidade, numa forma de homena­gear a categoria, foi buscar detalhes a respeito de uma nova função que aos poucos começa a ganhar espaço nas escolas estaduais, a do professor mediador, uma novidade introduzida pela Secretaria de Estado de Edu­cação a partir de 2011 e que em Itapira possui dois pro­fissionais desempenhando a função.

A professora Ivanilde Fe­lipe Borges, com 17 anos de Magistério é uma, a serviço da Escola Elvira Santos de Oliveira. O outro é um pro­fessor que vem de Amparo para executar a função na Escola Antonio Caio.

Ivanilde tem uma traje­tória muito peculiar. Foi, durante 10 anos, secretária do setor de exportação da antiga Nogueira S/A. Falava inglês fluentemente. Um dia, para cuidar das filhas Jaqueline, Isabe­la e Rafaela, decidiu se afastar do trabalho. Fez curso de Letras e acabou passando no concurso do Magistério, ingressando na ESO e também no Colégio Objetivo, onde atualmente também é coordenadora da biblioteca.

O convite para ser profes­sora mediadora veio assim, conforme explicou, ‘meio de estalo’. A vice-diretora da ESO, Fátima Aparecida Bonelli de Milano, soube da iniciativa da Direção Regional de Ensino em preencher va­gas para este cargo e intuiu que Ivanilde seria uma boa escolha. “Ela é pacienciosa, atenciosa e dona de uma linguagem que cativa alunos de todas idades. Achei que era o perfil dela, por isso lhe ofereci”, esclarece a amiga.

Ivanilde conta que o pro­jeto tem até nome oficial: Sistema de Proteção Escolar. Primeiramente elaborou um projeto de atuação que foi avaliado e aprovado pela Direção de Ensino. Depois dedicou-se a um curso on- line aplicado pela Secretaria, onde se aperfeiçoava no assunto. “Cada vez mais fui me entusiasmando e achando que eu era a pessoa certa”, recorda. Lembra ainda que a única regalia que o cargo propicia é uma sala própria devidamente equipada. O salário é o mesmo.

Afastamento

Aí, quando tudo ia de vento em popa, Ivanilde sofreu um duro golpe do destino, quando teve diag­nosticado câncer de mama. O afastamento foi inevitável, para encarar a dura rotina de exames e tratamento a base de quimioterapia e radiote­rapia. Neste ínterim, jamais desistiu de sua profissão e na base de muita persistência se recuperou e voltou à luta neste ano.

Vem exercendo a função em toda sua plenitude. “Estou amando”, disse. Por razões éticas, ela não fala sobre problemas que enfrenta no dia a dia, mas deixa claro que na escola a sua função recebe muitos elogios. “É importante lidar com o emo­cional do aluno, trabalhar com a família, mexer de forma profunda em sua consciência e apontar caminhos corretos a seguir. Aquela rotina de ir à diretoria, levar suspen­são, quando não, exclusão da escola, está com os dias contados. O orientação agora é outra”, esclarece.

Fonte: Da Redação do PCI

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