Após ONG suspender o programa, município irá procurar solução para manter projeto
A Câmara Municipal abrigou na terça-feira (13) uma reunião entre um grupo de oito professores do projeto 2º tempo e representantes do Poder Público. O objetivo foi discutir com vereadores e funcionários do Executivo uma solução para que um programa similar tenha continuidade em 2012.
Segundo o professor Fabrício Silvestre, e confirmação obtida junto da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, a Ong Pra Frente Brasil, que mantém o projeto emitiu aviso aos profissionais de Itapira que não dará continuidade ao projeto no próximo ano. O motivo é o corte de verba do Governo Federal que a organização recebia (o corte foi realizado também para outras Ongs) e posteriormente repassava para os municípios para a realização do programa. A suspensão da verba ocorreu após o levantamento de suspeitas de irregularidades que ocorria na Organização.
Desta maneira os profissionais que atendem o Segundo Tempo em Itapira cumprem aviso prévio até dia 31 de dezembro e as crianças cadastradas no projeto não serão mais atendidas no próximo ano. Segundo o vereador Mino Nicolai (PV), líder do Prefeito na Casa e quem marcou a reunião, o encontro foi positivo. “Este é um início para uma solução deste problema. Agora temos que articular ações para que dê tudo certo”, analisou.
O Secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura, Mario da Fonseca, adiantou que a primeira medida a ser tomada será procurar outra associação ou entidade que possa contratar os professores e substituir a Ong Pra frente Brasil para que todo o projeto seja mantido.
Segundo Silvestre atualmente são 27 profissionais que abrangem o projeto – nove professores de educação física formados e 18 estagiários, tendo 2097 crianças cadastras para a prática de atividades físicas em período contrário abrigadas em 18 núcleos espalhados pela cidade. A freqüência chega perto de 1800 alunos.
Participaram ainda da reunião os vereadores Luis Henrique Ferrarini (PV) e Carlos Alberto Sartori (PSDB), além do Diretor Municipal de Esportes e Lazer Flávio Boretti. Tanto os parlamentares quanto os representantes do Poder Executivo afirmaram que farão o máximo para resolver a situação e manter os profissionais informados sobre a situação.
Segundo Boretti, o custo do Segundo Tempo em Itapira ficava entre R$ 60 mil e R$ 70 mil por mês. A variação ocorre devido à freqüência dos alunos. O Município tinha uma contrapartida fixa de R$18 mil mensal, valor fixado em contrato. Segundo descreve o site da Ong, o programa é idealizado pelo Ministério do Esporte, destinado a democratizar o acesso à prática esportiva, por meio de atividades esportivas e de lazer realizadas no contra-turno escolar. Tem a finalidade de colaborar para a inclusão social, bem-estar físico, promoção da saúde e desenvolvimento intelectual e humano, e assegurar o exercício da cidadania. Caracteriza-se pelo acesso a diversas atividades e modalidades esportivas (individuais e coletivas) e ações complementares, desenvolvidas em espaços físicos da escola ou em espaços comunitários, tendo como enfoque principal o esporte educacional.
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