Os protestos dos chamados indignados em vários países da Europa vão se intensificar ao longo desta semana, segundo os manifestantes. As ações são uma reação às medidas adotadas por alguns governos na tentativa de combater a crise econômica internacional. Os protestos começaram no último sábado (15) e não têm data para serem encerrados.
Em Londres, na Grã-Bretanha, mais de 250 ativistas estão acampados no jardim da Catedral de Saint Paul, situada na região central da cidade e sede do distrito financeiro. No fim de semana, as ocupações e os protestos ocorreram em várias cidades europeias e dos Estados Unidos. Segundo os organizadores, houve adesão em cerca de 80% das cidades de médio e grande porte no mundo.
Os distúrbios mais graves foram registrados em Roma, na Itália. Segundo autoridades italianas, a manifestação dos indignados, no último dia 15, geraram 35 feridos, incluindo 105 policiais, e prejuízos superiores a 1 milhão de euros. Dos 30 manifestantes feridos, dois tiveram os dedos amputados devido à explosão de bombas.
A previsão, segundo autoridades, é que 12 manifestantes detidos pela polícia devem ser levados a julgamento. O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, acrescentou que os responsáveis pelos tumultos serão punidos. Carros e um depósito do Exército, no centro de Roma, foram incendiados. Bancos e lojas se tornaram alvos de ataques.
De acordo com a polícia da Itália, os confrontos na zona da Praça de São João de Latrão duraram cerca de quatro horas e a polícia usou gás lacrimogêneo e canhões de água para conter os manifestantes. Roma não tinha problemas de violência dessa dimensão desde os confrontos entre forças da ordem e militantes políticos nos anos de 1970 e 1980, que provocaram vários mortos.
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