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Itapira, 04 de Janeiro de 2025
Notícia
02/03/2014 | Psicóloga quer Carnaval longe do Parque Juca Mulato

A psicóloga Silvia Duque Estrada Maia Atala tem tido uma rotina quixotesca neste início de ano. Ela é uma das pessoas que está literalmente no olho do furacão dentro dos feste­jos do carnaval de rua. Sua residência é uma daquelas que estão localizadas no entorno do Parque Juca Mulato, onde serão reali­zados os desfiles.

Movida de um sentimen­to de indignação, ele colheu assinaturas em abaixo-as­sinado contra a realização da festa popular no local e procurou um advogado para que a ajudasse a tornar oficial seu inconformismo com relação à situação. O resultado foi uma Notifica­ção entregue no começo do ano ao prefeito José Nata­lino Paganini (PSDB), onde uma série de argumentos pautados nas legislações federal e municipal provam por A + B que o Carnaval não poderia ser realizado no Parque.

E os argumentos são bas­tante consistentes, entre eles um dispositivo da Lei Orgânica do Município que fala do im­pedimento da realização de eventos deste porte a menos de 100 metros de Hospitais e Casas de Repouso. O Insti­tuto Bairral de Psiquiatria e a Casa de Repouso San­to Antonio enquadram-se nesta situação.

A notificação tem ainda justificativas contra a reali­zação do Carnaval naquele local com base no Código Civil, Estatuto do Idoso e Lei da Improbidade. Silvia conta que o marido, o ban­cário aposentado Nelson Atala, de 78 anos, possui complicações de saúde. “Se eu precisar socorrer o meu marido quando estiver tudo impedido, chamo um helicóptero?” ironiza. Ainda segundo ela, pelo menos um dos vizinhos tem problema parecido.

Dormir tem sido, segun­do afirmou, o menor dos problemas. Ela se recorda que no começo do ano pas­sado quando foi decidido que os desfiles seriam em frente sua casa, não houve tempo hábil para fazer nada. Ela começou a se mexer depois. O abaixo­-assinado foi sua primeira iniciativa. Ela conta que somente um dos vizinhos se recusou em assiná-lo. Garante que chegou a ter uma resposta da prefei­tura usando o exemplo de Copacabana, famoso bairro da cidade do Rio de Janeiro, que recebe eventos monstruosos e que nem por isso tem ques­tionada esta situação. A notificaçãoconsidera esta comparação “esdrúxula”.

Indagada se não teme ser considerada “estraga­-festa” por causa desta sua atitude, a psicóloga diz que não se sente im­portunada em ser ta­chada desta forma. “Já fui do carnaval e nem por isso compactuei com situações onde o direito de outras pessoas eram desrespeitados”, acres­centou.

Fonte: Da Redação do PCI

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