Nesta semana o prefeito José Natalino Paganini (PSDB) consolidou um período de boas notícias no campo financeiro, que teve início há 10 dias quando todos seus colaboradores mais diretos festejavam os 193 anos de Itapira. No dia do aniversário da cidade ele visitava gabinetes ministeriais em Brasília atrás de recursos.
Em entrevista concedida no começo da tarde de ontem, 31, em seu gabinete, Paganini mostrava-se especialmente animado com a possibilidade de finalmente começar a imprimir um ritmo administrativo mais intenso a partir do ano que vem com a garantia de poder administrar um orçamento de quase R$ 250 milhões e definindo prioridades conforme seu entendimento pessoal.
Sobre sua mesa ele tinha os números ao seu alcance. Entre recursos federais e estaduais ele contabiliza cerca de pelo menos R$ 30 milhões em projetos já em andamento e admite que dormitam na agenda de autoridades de vários escalões pedidos já feitos e a espera de liberação, entre os quais cerca de R$ 8 milhões pedidos pessoalmente para a presidente Dilma Rouseff (PT) durante visita dela ao Laboratório Cristália em agosto passado, destinados para investir na ampliação e modernização do Hospital Municipal e da substituição de parte do emissário de destinação do esgoto da cidade. Quando questionado sobre a paridade aparente entre as somas que obteve dos governos Estadual e Federal, ele corrige dizendo que o governo paulista “desembolsou e vai desembolsar ainda mais”, mas fica particularmente satisfeito com o resultado do trabalho desenvolvido junto aos organismos federais. De quebra disse que nas duas frentes contou com a ajuda inestimável do deputado estadual Barros Munhoz (PSDB). “Embora seja absolutamente normal que ele (Munhoz) possua um trânsito privilegiadíssimo junto ao governo estadual, devo lembrar que a ajuda dele tem sido fundamental também para se chegar aos recursos federais pela simples razão que sua teia de relacionamento com pessoas de influência no universo político-administrativo, independentemente até de cores partidárias, é fabulosa. Ele aponta os atalhos, indica as pessoa certas e nós corremos atrás. Sem esta ajuda eu seria apenas mais um”, reconhece.
O portfólio de realizações que espera verem concretizadas a partir do ano que vem abrangem diversas áreas, em especial Saúde,Educação, Obras e Saneamento. Ele aponta para a direção do bairro Istor Luppi que segundo ele já vai se transformando num dos maiores canteiros de obras públicas aqui em nossa região. “Com a construção das novas moradias destinadas para pessoas de menor poder aquisitivo no Residencial José Tonolli, necessariamente precisamos investir em infraestrutura nova. Isso implica em guias, sarjetas, asfalto, iluminação, sem falar nos equipamentos públicos voltados para as áreas da saúde, educação e lazer. Estamos com os recursos para este grande empreendimento praticamente fechados”.
Ele prefere não criar expectativas com relação ao prazo que este e outros investimentos já anunciados irão consumir. Já escolado nestes 10 meses à frente do cargo, relata que não tem como avançar etapas na velocidade que deseja. “Veja o caso da rua 7 de Setembro. Começamos a executar o plano de construir uma via alternativa para desafogar a avenida Rio Branco em março e seis meses depois, superadas todas as etapas burocráticas, vamos pavimentar o trecho somente nesta semana que se inicia ”, ilustrou.
Sono
Ao falar com entusiasmo dos grandes projetos, o prefeito coça a cabeça quando perguntado dos inúmeros problemas que têm pipocado em sua mesa de trabalho relacionados à falta de manutenção em prédios públicos. “Este assunto tem me tirado o sono”, admitiu. Ele revelou que fez uma visita de surpresa no dia 17 de outubro, um dia chuvoso, na Creche e na Escola do Istor Luppi. “Constatei o desconforto que é você ter que trabalhar numa situação fugindo de goteiras”, comentou. Em ambos os casos disse que as construções já não estão mais dentro do prazo onde as empresas que construíram os equipamentos possam ser acionadas e que isso o obriga a procurar alternativas. “Temos que procurar fazer com os nossos recursos. Recentemente reuni três secretários, o Fifo (Adolfo Santa Luccia Júnior), do setor de Serviços Públicos; responsável por pequenas reformas; a Flávia Rossi (secretária de Educação), e o Zé Armando ( José Armando Mantuan, secretário de Planejamento e Obras) e pedi a elaboração de um plano de contingenciamento para conduzir estes reparos onde for necessário. Esta questão da precariedade dos prédios é mais um esqueleto dentro do armário. O exemplo do hospital municipal é bastante ilustrativo neste aspecto. Problemas estruturais foram sendo deixados de lado até que não havia mais como protelar uma intervenção objetivando sanear estes problemas. Tivemos que conviver com situações de puro constrangimento como pacientes sendo atendidos debaixo de goteiras. Mas é o preço a se pagar. O resultado de todo este esforço vai aparecer lá na frente. Enquanto isso precisamos nos concentrar no trabalho a ser realizado”. pormenorizou.
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