O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, defendeu a primeira redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) desde julho de 2009 como um importante fator de estímulo à atividade econômica.
Pouco antes de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciar a decisão do governo federal de baixar de 6% para 5,5% a taxa que serve de referência para a correção dos empréstimos feitos pelo BNDES ao setor produtivo, Coutinho disse que a decisão não irá impactar o orçamento do banco, embora tenha um “diminuto impacto” para as contas públicas. Prejuízo pequeno que, na avaliação de Coutinho, justifica-se pelo maior estímulo à atividade econômica. Inicialmente, o novo percentual valerá entre julho e setembro deste ano.
“A redução não afeta o banco e favorece [a diminuição do] custo de capital. Do nosso ponto de vista, a queda da taxa representa um ganho muito alto, já que induz uma recuperação mais forte dos investimentos”, disse Coutinho. O presidente do BNDES alegou que a queda da TJLP é apropriada ao atual contexto econômico brasileiro, já que o país conta com “fundamentos macroeconômicos muito sólidos” e a recente queda dos juros cobrados por bancos públicos gerou um “movimento consistente”, que já surte efeito entre as instituições financeiras privadas.
Coutinho falou sobre o assunto após participar, em Brasília, de um encontro promovido pelo Ministério da Pesca e Aquicultura com mais de 100 empresários do setor.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, antecipou a decisão – que só seria anunciada amanhã (28), ao fim da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN),– ao participar da solenidade de lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Equipamentos, ao qual o governo federal promete destinar R$ 8,4 milhões para comprar equipamentos, mobiliário escolar e veículos nacionais, entre outros, com o objetivo de estimular a atividade econômica.
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