O médico veterinário Rodrigo Silva Bertini, do setor de zoonoses, informou que diante da notificação, foi elaborado um plano de emergência para vacinar cães e gatos num quadrante que abrangeu cerca de 400 residências num raio de aproximadamente 40 quarteirões no entorno do local onde o morcego foi encontrado.

 

Foram mobilizadas quatro equipes, com quatro vacinadores cada, e os trabalhos foram concluídos na tarde de sexta, 01, no Lar São Vicente de Paula. Até o fechamento desta matéria haviam sido vacinados cerca de 70 cães e 12 gatos. Segundo os integrantes das equipes, a maioria das pessoas atende bem aos servidores. Mas, em contrapartida existem aqueles mais reticentes que nem sequer se dão ao trabalho de atendê-los. A orientação era no sentido de que se o dono do animal não tivesse a carteirinha de vacinação para comprovar que ele estava imunizado, deveria ser feita a vacinação.

 

Quem encontrou o morcego foi exatamente Ivo Marcos Peres de Faria, engenheiro chefe da Casa da Agricultura, que entre outras atribuições já formou na cidade, ao lado de Rodrigo Bertini em meados da década de 90 uma equipe que se notabilizou pelo combate de colônias de morcegos hematófagos diante da proliferação da raiva em rebanhos da região durante aquele período.

 

Bertini explicou que o animal encontrado era frugívero, ou seja, se alimenta de frutos. Foi a terceira vez, segundo ele, que um animal com essas características é encontrado no local e com a raiva inoculada em seu organismo. “Quando ocorre um incidente igual a este temos um protocolo a seguir que implica na adoção das medidas que tomamos nesta semana. Importante ressaltar que nossa maior preocupação é a de preservar a integridade dos animais e principalmente das pessoas.

 

Apesar desta espécie de morcego não se alimentar de sangue, tem mordida defensiva, quando atacado por animais domésticos. Se um foi encontrado com raiva, é grande a probabilidade que outros membros da colônia também estejam contaminados. O local onde ele foi encontrado é propício a presença deles por causa de muitas árvores frutíferas nas imediações”, explicou. Bertini ainda fez um apelo para que no caso de alguém encontrar algum animal morto, encaminhá-lo ao setor de zoonoses para que possa ser enviado para análise.