Situação é pior do lado Itapirense
A publicação no sábado, 14, o Aviso de Licitação Edital de Tomada de Preços nº 042/2014-TP por parte do DER (Departamento de Estradas de Rodagens) da Secretaria de Logística e Transportes do governo paulista, fixou valor de R$ 1.408.976,62 como parâmetro para que empresas interessadas apresentem propostas para realização de obras de melhorias na SPI 177/342, a Rodovia “Rei do Gado”, que homenageia o pecuarista Antonio Joaquim de Moura Andrade, fundador da cidade de Andradina, no extremo oeste do Estado de São Paulo. Contando o prazo regimental para que a licitação transcorra, o que deve durar pelo menos 40 dias e a execução propriamente dita das obras, a expectativa é de que a reforma esteja concluída até o mês de dezembro.
A restauração será feita nos 23 quilômetros de extensão, a contar do acesso na SP 342 (Mogi Guaçu/Espírito Santo do Pinhal), até a SP 352 (Itapira-Jacutinga). Dos 23 quilômetros, 11 ficam do lado guaçuano. Do começo da rodovia até o trevo que dá acesso à Rodovia Virgolino de Oliveira Filho ( perto da estação da tratamento de esgotos) são 16 quilômetros. Daí até o acesso à SP 352 mais outros sete quilômetros.
Em toda a extensão a rodovia apresenta falta de sinalização, um piso irregular na maior parte do trajeto e mato no acostamento. O lado de Mogi Guaçu (11 km) está ligeiramente melhor do que o de Itapira. A situação pior, é sem dúvida, o trecho que vai até a SP 352. O DER realizou recentemente uma operação tapa-buracos. Mas as saliências no piso fazem com que a travessia seja perigosa. É comum carretas fazerem manobra para desviar das saliências.
Adolfo Santa Luccia Júnior, o Fifo, secretário de Serviços Municipais, avalia que a empresa que ganhar a licitação terá bastante trabalho. “Em muitos trechos será necessário refazer toda a base. A grande movimentação de caminhões fez com que a base se desmanchasse, permitindo a formação de borrachudos, buracos de ondulações. “Borrachudos” segundo Fifo são aqueles buracos mais comuns na beira da pista, uma espécie de afundamento do asfalto provocado pelo excesso de peso dos caminhões. Fifo avalia ainda que em cada operação tapa-buracos que realizava a a partir da SP 352 até a divisa com Mogi Guaçu, utilizava até 80 toneladas de asfalto, sem falar na mão de obra.
De acordo com sua expectativa, esta obra de restauração vai atacar somente os pontos mais críticos. “Quando o Munhoz (o deputado estadual Barros Munhoz) pediu ao governo do Estado que estadualizasse a rodovia, tinha em mente uma grande transformação e modernização em toda sua extensão. Eu acredito que este processo será executado nos próximos anos, porque se trata de uma rota que ganhou enorme importância comercial”, avaliou.
O motorista de caminhão José Breno da Silva carregava refratários de Poços de Caldas-MG para Caratinga, também em Minas. Perguntado sobre as condições da pista, não se fez de rogado. “É uma pista estreita, mal sinalizada e que tem pouquíssimos pontos de ultrapassagem. Mal cuidada do jeito que está é um convite para tragédias”, comentou. O representante comercial do Grupo Quaglio, Edvaldo Pietrafesa, morador em Mogi Mirim, e que utiliza muito a rodovia, disse ao ser informado do anúncio da restauração ficou feliz com a informação. “É uma rodovia perigosa, sobretudo durante a noite, já que não tem nenhuma espécie de sinalização. Até que enfim as autoridades acordaram”, festejou.
O autônomo Clodoaldo Pelegrino, que transporta trabalhadores rurais de Mogi Guaçu para fazendas de café em Itapira disse que só acredita depois que as obras tiverem prontas. “Já ouvi um monte de vezes que a estrada seria restaurada e o máximo que a gente vê é operação tapa-buracos. Tomara que seja verdade”, desejou.
DER fez recentemente tapa-buracos no trecho da Virgolino de Oliveira Filho
Grande movimentação de veículos pesados dificulta conservação da via
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