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Itapira, 17 de Janeiro de 2025
Notícia
27/01/2013 | Rombo deixado por Bellini já passa de R$ 108 milhões

 

Valor, que ainda está sendo apurado, pode subir nos próximos dias 
 
 
 
 
Em um levantamento profundo e abrangente, mas que ainda está sendo concluído, a Secretaria Municipal da Fazenda apurou que os cofres da Prefeitura de Itapira têm um rombo que, até o momento, chega a mais de R$ 108 milhões. Entretanto, este valor ainda pode aumentar, pois a cada dia, segundo o secretário da Fazenda, João Batista Bozzi, surgem novos compromissos que não foram cumpridos pela administração anterior. “Esta é a situação que o ex-prefeito Toninho Bellini deixou e que agora teremos que consertar”, afirmou. 
 
A situação é ainda mais grave porque a maior parcela deste montante diz respeito a pendências judiciais, que somam mais de R$ 59 milhões e que têm data-limite para seu pagamento. Ao mesmo tempo, as dívidas com fornecedores e servidores ultrapassam os R$ 17 milhões, em uma sucessão de contas em aberto que não para de crescer. “Desde que assumimos, praticamente encontramos um esqueleto novo a cada dia dentro do armário”, afirma Bozzi, resumindo o que, para ele e para a administração, tem sido fonte de constante preocupação. 
 
Os valores que não foram pagos para fornecedores colocam em risco setores essenciais da administração, pois são em grande parte serviços que podem ser cortados a qualquer momento. É o caso das contas de telefone, acumuladas em R$ 242 mil. Do mesmo modo, há uma grande dívida com a CPFL, que soma exatos R$ 299.862,00, por conta de parcelamentos não pagos e de parcelas em andamento. As férias vencidas e não pagas chegam a exatamente R$ 4.855.821,97, enquanto que as horas extras passam de R$ 1,3 milhão.
 
No segmento das dívidas com fornecedores, a Secretaria da Fazenda ainda trabalha com um número que aumenta a cada dia. São os valores devidos a fornecedores que ainda não emitiram nota fiscal para receber serviços e produtos fornecidos no final do ano passado. A estimativa é de que a dívida com este grupo chegue a R$ 2 milhões, mas, como adverte Bozzi, “este valor pode crescer e muito”. 
 
Até mesmo empresas apoiadas pelo município e entidades locais estão na lista dos credores. O município ainda tem que pagar, por exemplo, o incentivo fiscal devido a uma indústria local beneficiada pelo programa de apoio a empresas. A dívida vem desde novembro de 2011 e soma até agora R$ 629 mil. “Neste caso, devemos perguntar se isso foi mesmo um benefício e um apoio a esta indústria”, questionou Bozzi. Ao mesmo tempo, a Santa Casa de Misericórdia ainda tem R$ 190 mil a receber do município. A tudo isso ainda devem ser somados os valores dos restos a pagar, que se acumularam desde 2010 em mais de R$ 7,5 milhões. 
 
A falta de manutenção em setores fundamentais da cidade e do patrimônio da Prefeitura resultou em mais um déficit que terá de ser coberto nos próximos anos. A estimativa é que apenas para o recapeamento de ruas abandonadas serão necessários R$ 22 milhões, enquanto outros R$ 5 milhões deverão ser aplicados na reforma de prédios municipais, incluindo o Hospital Municipal. A recuperação de pontes e estradas rurais deve consumir mais R$ 1,5 milhão, enquanto que para o Hotel Fazenda Esperança a estimativa é de que serão necessários R$ 2,5 milhões. “Este valor para o Hotel Fazenda é uma estimativa, pois pode ser ainda maior”, lembra Bozzi. 
 
Ao falar sobre o total do rombo, que chega hoje a exatamente R$ 108.083.699,94, Bozzi ainda alerta: “este valor, como se vê, é uma expectativa otimista, pois há vários itens que podem aumentar. Hoje, estamos trabalhando com este total, que representa mais de 70% do orçamento anual da administração direta do município. Em uma perspectiva pessimista diríamos que podemos chegar a R$ 120 milhões ou mais de débitos”.
 
O secretário da Fazenda levou os números ao prefeito José Natalino Paganini, que determinou o cumprimento rígido do decreto número 10, que determina contenção de despesas em todos os setores da Prefeitura. Realista, Paganini ainda comentou: “realmente, é uma situação muito pior do que aquela que conseguimos apurar durante a transição e que requer atenção integral, todos os dias, todas as horas. Mais uma vez, volto a dizer que agora é hora de trabalhar. Respeito, trabalho e responsabilidade. Estes são os caminhos para conseguirmos superar este grande entrave para nossa cidade, deixado de forma irresponsável por aqueles que aqui estavam”. 
 

 

Fonte: Assessoria de Imprensa PMI

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1 comentário
29/01/2013 11:01:17 | Neuza
Situaçao difícil para nova administraçao, não se esqueçam que os funcíonarios do hotel fazenda não receberam ainda ,sou a favor de reabrir o hotel ,para gerar mais empregos olhar pra outros setores ok....
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