A secretária de Saúde do Município, Rosa Ângela Iamarino, recebeu nesta semana três boas notícias relacionadas à sua pasta, tradicionalmente aquela que mais fica exposta aos holofotes quando o assunto é notícia ruim. Ela disse que até o final do mês estará concluída a primeira fase da reforma que vem sendo executada no terceiro andar do Hospital Municipal.
O Centro de Especialidades, com prédio anexo ao Hospital Municipal, também está praticamente concluído e ela acredita que a entrega das instalações deve ocorrer no começo do mês que vem. A terceira boa notícia refere-se ao início dos trabalhos dos oito médicos cubanos do Programa Mais Médicos na última quarta-feira, 07.
Os médicos cubanos aguardaram pelo menos duas semanas desde que chegaram à cidade no dia 16 de abril, que o Ministério da Saúde emitisse seus registros profissionais. Neste ínterim, segundo a secretária, eles passaram por um processo de imersão dentro dos procedimentos adotados, especialmente aqueles burocráticos, como preenchimento de documentação, as várias denominações de medicamentos e um contato mais próximo com a comunidade local. “Uma das nossas preocupações tem sido exatamente ampará-los em qualquer tipo de necessidade para que tenham as melhores condições de adaptação ao nosso dia a dia”, colocou.
Perguntada sobre a reação dos pacientes neste primeiro contato, Rosa relatou que foi o melhor possível. Medindo as palavras para não desmerecer o trabalho dos médicos brasileiros, Rosa comentou que pessoas que passaram pelo atendimento se sentiram valorizadas com o atendimento prestado. “Vale destacar que estes profissionais possuem uma formação diferenciada no campo das relações humanas. Muitos deles já atuaram em cenários de catástrofes naturais, guerras e miséria extrema. É natural que tenham uma forma diferente de abordagem”, comparou.
Sobre as construções, informou que o terceiro andar recebeu, além da substituição do piso, equipamentos elétricos e hidráulicos, uma série de modificações nos banheiros, nos ambulatórios, sinalização mais eficiente e até infraestrutura de comunicação digital. O Centro de Especialidades passará a partir de agora por uma repaginação externa, segundo mencionou. “Precisamos dar uma geral na parte externa. Depois disso o prédio será entregue”, vislumbrou.
Críticas
Sobre as críticas recorrentes, sobretudo do atendimento feito no Pronto Socorro do Hospital Municipal, Rosa Iamarino disse que tem se esforçado bastante para melhorar a atual situação, mas que esbarra em dificuldades que, segundo ela, passam despercebidas da maioria da população atendida. Por isso cobra mais paciência das pessoas e maior respeito aos servidores da Pasta. “Fico muito triste quando me chegam relatos de desacato e ofensas dirigidas a funcionários nossos. Eu tenho exata noção de como estas pessoas se desdobram para dar um atendimento mais eficiente e por isso acho injusto e até desumano como algumas pessoas perdem o respeito ao tratar com estes funcionários”, revela.
Instada a comentar quais são as maiores dificuldades para amenizar as críticas ao trabalho do PS, Rosa disse que a contratação de uma empresa especializada em fornecer especialistas da área médica requereu um tempo de adaptação.
Seguido a este fato, houve, segundo ela, uma postura agressiva da Prefeitura de Campinas para contratar médicos, oferecendo salários mais vantajosos do que a média de mercado, o que acabou desfalcando os quadros de empresas como esta contratada e trazendo problemas para prefeituras atendidas por elas. E como terceiro fator mencionou o imponderável. “Dias destes um médico plantonista do PS me ligou na tarde de domingo dizendo que teve um problema de ordem pessoal e que ao invés de assumir seu posto às 19h00, só poderia vir às 22h00. Evidentemente que precisei me movimentar no sentido de tentar reduzir ao máximo o prejuízo que essa ausência iria acarretar no atendimento. São situações às vezes bastante complexas, que não se resolve num estalo de dedos. Por isso a gente pede compreensão dos usuários. Ainda que o atendimento atrase um pouco por causa de algum problema pontual, não é justo deixar de reconhecer que este atendimento é feito com qualidade, que ninguém sai desassistido seja qual situação ocorrer”, finalizou.