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Itapira, 07 de Janeiro de 2025
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31/03/2014 | SAAE abre sindicância para apurar possíveis irregularidades em administrações anteriores

O presidente do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Itapira), José Armando Mantuan, convocou uma coletiva de imprensa na manhã de ontem, 28, para explicar sobre a publicação no Jornal Oficial de Itapira a respeito da abertura de uma sindicância na autarquia. Segundo ele, a ação foi necessária de­pois que uma auditoria externa realizada pela empresa Staff Auditoria & Assessoria apontou muitas ‘inconsistências’ nos registros de contas a receber do período de 2008 a 2013, o que pode caracterizar fraudes.

“Quando assumimos o Saae, em 18 de junho de 2013, nos deparamos com a implantação de um novo sistema de cobran­ças. Uma das dúvidas que eu tive na época, por eu não ter participado do sistema licitatório, era se esse sistema era con­fiável ou não. Por isso, resolvemos implantar uma auditoria, pois para caminhar pra frente é preciso olhar para trás e ver o que foi feito de bom para melhorar e o que foi feito de ruim para evitar”, esclareceu o presidente.

A referida auditoria teve início no mês de setembro de 2013 e o contrato inicial previa a avaliação dos exercí­cios de 2008, 2009, 2010, 2011 e 2012. Porém, até o fim do ano o relatório conclusivo não havia sido entregue, e a autarquia achou necessário fazer um termo aditivo e estender a audição para 2013. Nesta avaliação, os seguintes itens – além dos que a empresa responsável jul­gasse necessários – foram avaliados: levantamentos das contas de água e es­goto lançadas; análise das contas a receber; baixas realizadas no sistema; verificação do recebimen­to das contas atrasadas conciliando com extratos bancários, tesouraria e centro de recebimento; composição das contas baixadas; avaliação dos controles internos admi­nistrativos, financeiros, de informática relacionados ao contas a receber.

O documento com as considerações finais che­gou às mãos de Mantuan na última terça-feira, 25, e, segundo suas pala­vras, apresentava mais inconsistências do que pensava. “Em decorrên­cia dos apontamentos descritos evidenciamos que a estrutura dos sis­temas e procedimentos definidos pelo Saae per­mitiu ocorrência que caracteriza fraudes e erros, sendo necessária a instalação de proces­so administrativo para apurar as responsabi­lidades”, diz trecho do texto cinco do relatório conclusivo lido durante a coletiva de imprensa.

O presidente da autar­quia revelou que, logo no início do processo de audição, ficou constata­do que os documentos contábeis referentes ao exercício de 2008, 2009 e 2010 haviam desapa­recido. Imediatamen­te, instaurou-se uma sindicância para apurar tal fato, mas que foi en­cerrada sem apontar responsáveis.

“Acho importante di­zer que a auditoria não teve por objetivo somen­te apurar, mas também de alertar sobre a segurança do sistema implantado e observar os erros passa­dos. Uma das primeiras coisas que fiz aqui após minha posse foi retirar o recebimento das contas, ou seja, acabamos com a tesouraria e paramos de mexer com dinheiro vivo aqui”, declarou José Armando.

Ele também citou o fato que até essa época quem tinha água cor­tada ia até a sede da autarquia e pagava a taxa para religar, quando era comum a prática de descontos. Questionado se tal fato daria margem para fraudes, ele disse apenas que irá aguardar os resultados finais. “É isso que vamos apurar, se essas falhas, inconsis­tências, existiram porque o sistema de informática era falho ou foi manipu­lado incorretamente. Houve falha humana, que pode ter sido de boa ou má fé. Não sabemos se existem culpados ou não, e não queremos fazer julgamentos pre­cipitados. Vamos checar também a dívida ativa, pois nesse período não recebemos um centavo”, ressaltou.

Ainda no dia 13 deste mês, o presidente do Saae designou os mem­bros da Comissão Per­manente de Sindicâncias da autarquia. A referida sindicância foi instaurada na última quarta-feira e tem o prazo de 30 dias, prorrogáveis por mais 30, para divulgar o re­latório final. Após isso, José Armando Mantuan comprometeu-se a tor­nar público a conclusão e as providências que serão tomadas, se ne­cessário. “A partir de agora a presidência sai de cena e os componentes da comissão têm total autonomia para ouvir depoimentos e tecer conclusões”, finalizou.

Em relação ao acesso sobre o relatório com­pleto da Staff Auditoria, Mantuan disse que não fornecerá o documento neste momento para não gerar “más inter­pretações”.

Comissão Perma­nente

Presidente: Morales de Freitas Rosa

Suplente: Eliana Marli de Campos Maciel

Membros: Célia Co­losso e José Rubens da Silva

Suplente: José Ber­nardes

 

 

Fonte: Da Redação do PCI

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