Ainda no calor da decisão do afastamento do vereador Marcos Paulo da Silva (PRB), o Marquinhos, anunciada no sábado, 23, durante sessão extraordinária na Câmara Municipal, veio à tona nesta semana que tipo de influência que mais esta defecção no grupo situacionista pode causar na eleição para a mesa diretora em dezembro. “Dizer que não terá influência seria temerário”, avaliou o vereador Maurício Cassimiro de Lima (PSDB), ele próprio apontado como um dos possíveis candidatos à presidência da Casa.
Foi Lima que de forma surpreendente, na Tribuna Livre da referida sessão, fez o anúncio do desligamento de Marquinhos. Lima disse que o colega adotou uma postura individualista que tornou insustentável sua permanência no grupo. “Ele tomava decisões que eram vistas muitas vezes como contrárias àquilo que era acordado por nosso grupo. De repente sua presença em reuniões de trabalho que era mrealizadas pelo grupo passou a ser vista com desconfiança. Isso resultou na decisão de pedir seu afastamento”, justificou.
Em sua defesa, Marquinhos disse que nunca foi procurado pelo líder para lhe prestar qualquer tipo de orientação de como proceder nas votações. “Pergunte a ele quantas vezes ele chegou em mim e me pediu para votar desta ou daquela forma. Se ele responder volte a falar comigo”, desafiou.
O vereador disse ainda que não se sente alijado do relacionamento com o prefeito José Natalino Paganini (PSDB). “Não é por causa de uma atitude intempestiva como essa que irei mudar minha maneira de ser. Se fosse retaliar, adotando uma postura de oposição radical, estaria indo contra a sociedade, contra meus eleitores. Continuarei tendo uma postura de independência, votando a favor daquilo que julgar que é bom para a população”, afirmou.
Sobre a eleição da Mesa da Câmara, disse que ainda é cedo para se falar a respeito. “Vou legislando conforme o assunto do momento. Eleição de Mesa é assunto para mais adiante”, sugeriu.
Maurício de Lima diz que o grupo político do prefeito Paganini já vem discutindo internamente a questão. “Estamos conversando muito exatamente para chegar no momento de definição com uma posição definida, para evitar surpresas”, revelou. Negando-se a admitir que tenha pretensão em ser candidato a presidente, limitou-se a dizer que vários colegas possuem esta pretensão e que por isso mesmo a melhor estratégia neste momento é ouvir a pretensão de todos para se chegar a um denominador que atenda sobretudo a unidade do grupo.
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