Com a presença do vereador Cléber Borges, que propôs a campanha no município, o secretário municipal de Saúde, Vladen Vieira, fez a abertura do treinamento que foi realizado nesta terça-feira (18) no Hospital Municipal, visando a preparação das equipes da Secretaria que farão o primeiro cadastramento de doadores de medula óssea em Itapira, na semana de 8 a 12 de novembro próximo.
 
O treinamento, desenvolvido por equipe multiprofissional do Hospital de Câncer de Barretos, foi feito junto a servidores de enfermagem e agentes comunitárias de saúde, com o objetivo de divulgar a campanha casa a casa – serão 15 mil folders impressos e doados pelo Laboratório Cristália, que serão distribuídos em todos os bairros pelas agentes comunitárias de saúde – e coletar o sangue dos voluntários nos postos montados no período da campanha, em supermercados e na Praça Bernardino de Campos.
 
A campanha, que está sendo realizada em vários municípios do Estado, vai incluir os itapirenses no REDOME/Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea. Nos dias e nos postos de cadastro da campanha, serão recolhidos 5 ml do sangue e os dados pessoais de cada voluntário, para preenchimento de um formulário. É fundamental que se leve um documento de identidade com foto. O sangue será tipado por exame específico para identificar as características genéticas do voluntário, e o resultado será incluído no REDOME. As informações genéticas do doador e dos pacientes serão cruzadas, e quando houver um paciente compatível, outros exames serão necessários, sendo então o voluntário consultado para confirmar se deseja fazer a doação.
 

A doação de medula óssea é um procedimento seguro, que não causa qualquer problema à saúde do doador. Existem duas formas de doar. A escolha do procedimento mais adequado é do médico. Nos dois casos, a medula óssea do doador se recompõe em apenas 15 dias. No primeiro caso, o doador é anestesiado em centro cirúrgico. A medula é retirada do interior dos ossos da bacia por meio de punções com agulhas. Os doadores retornam às suas atividades habituais uma semana após a doação. O segundo procedimento chama-se aférese. O doador toma um medicamento que faz com que as células da medula óssea sejam levadas para a corrente sangüínea. Estas células são retiradas pelas veias do braço do doador, com uso da máquina de aférese.
 
A medula óssea é um tecido gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecido popularmente por “tutano”. Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue: as hemácias, os leucócitos e as plaquetas. O transplante de medula óssea é recomendado a pacientes com doenças que afetam as células do sangue, como leucemias, anemia aplástica e linfomas. O transplante é a substituição da medula óssea doente por uma saudável. Com isso, o organismo do paciente transplantado passa a produzir novas células da medula óssea e do sangue. Para se tornar um doador é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade, estar em bom estado geral de saúde, e não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue. O doador deve manter seu cadastro atualizado junto ao REDOME, para que seja encontrado em caso de haver compatibilidade com algum paciente.
 
“Foi uma sugestão importante do vereador Cléber Borges, que certamente vai ajudar a incluir um bom número de voluntários de Itapira no cadastro de doadores, trazendo mais possibilidades de cura aos pacientes que precisam de transplante de medula óssea”, destacou o secretário municipal de Saúde, Vladen Vieira. “Aproveitamos também para agradecer o Hospital de Câncer de Barretos pelo apoio, o Laboratório Cristália pela impressão dos folders, a direção dos supermercados que irão abrigar os postos de cadastro, e a imprensa pela divulgação da campanha”, acrescentou Vladen.