Foi publicado nesta semana no Diário Oficial do Município o resultado de um processo licitatório que resultará na contratação de uma empresa para a realização de uma pesquisa encomendada pela Secretaria Municipal de Saúde.
Segundo a secretária de Saúde, Rosa Ângela Iamarino, o método servirá para que seja feita uma comparação com relação a um trabalho parecido realizado no primeiro semestre do ano passado, quando a titular do cargo era ainda Eliana Castro.
“Durante um ano toda a rede de atendimento passou e vem passando por uma série de modificações físicas, estruturais e com relação ao atendimento. Entendemos que é muito importante poder captar com a aplicação de uma pesquisa com metodologia adequada para este caso a percepção que o usuário do nosso sistema. É uma forma de balizarmos nossas ações para melhorar o atendimento que vem sendo prestado”, revelou.
A atual secretária disse que a pesquisa será restrita ao Hospital Municipal, o Cais Irmã Angélica e às 12 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e não tem ideia de quando começa a ser aplicada. “Temos que aguardar os trâmites burocráticos relacionados ao processo de licitação. A partir daí vamos nos reunir com responsáveis pela empresa vencedora e agilizar esta questão”, disse Rosa.
Ela informou ainda que o modelo de pesquisa foi estudado junto ao Ministério da Saúde. “O Ministério da Saúde incentiva os municípios para a realização periódica destas pesquisas e tem modelos prontos para as diversas necessidades. Nós nos apoiamos em um destes modelos”, relatou.
Testes
Inquirida sobre as reclamações da falta de testes para detectar o nível da diabete nos postos de saúde, Rosa comentou que este assunto tem causado desconforto. Segundo ela, este tem sido o motivo campeão de queixas na ouvidoria da Secretaria. Ela alegou que problemas burocráticos ocorridos na compra dos testes pelo setor de licitação da Prefeitura têm ocasionado o atraso na reposição dos insumos. “Estamos trabalhando para resolver esta questão o mais rapidamente possível”, prometeu.
O caso vem ganhando contornos políticos. Dois vereadores alinhados com a oposição, o médico ortopedista Rafael Donizete Lopes (PROS) e o comerciante do setor de farmácia Cesar Augusto da Silva (PT) comentaram o assunto e disseram que a atual administração tem sido leniente neste caso. “Diabetes é um assunto com o qual não se pode brincar. Qualquer complicação pode levar o paciente a sofrer graves conseqüências. A tirinha para o teste é muito importante e sei de pacientes que usam até duas delas por dia. É inadmissível que o serviço municipal de saúde não as tenha”, criticou Rafael. César disse que em seu estabelecimento tem recebido muitas queixas também direcionadas por pacientes. Ele disse que as farmácias vendem o produto por até R$ 2 cada. “Para a população de menor renda, é um gasto que acaba criando ainda mais dificuldades”, disse Cesar.
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