A geração e acumulação de resíduos de pneus são um dos problemas ambientais mais sérios no âmbito mundial. Segundo lembra o responsável pela Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Itapira, José Alair de Oliveira, “a grande quantidade de pneus gerada anualmente e as dificuldades apresentadas pela coleta, o armazenamento e a destinação ambiental adequada dos mesmos impõem aos municípios a adoção de instrumentos eficazes para a administração e destino responsável”. Além do enorme problema ambiental pelo risco de contaminação do ar, do solo e do lençol freático, o acúmulo de pneus no ambiente constitui também grave ameaça à saúde pública, devido à sua relação direta com a propagação de doenças, em especial no meio tropical.
Por conta disso, no dia 11, a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, em parceria com funcionários do CRAS II – Centro de Referência em Assistência Social, da Secretaria de Promoção Social, realizou uma ação inovadora no município, reutilizando pneus inservíveis na construção de hortas suspensas no interior deste centro. Para os funcionários do CRAS II, esse tipo de horta facilita o cuidado dos frequentadores, na sua maioria pessoas idosas. Atualmente Itapira já é referência na gestão deste tipo de resíduo, pois é uma das poucas cidades do Estado que contam com um Ecoponto para o armazenamento de pneus e sua posterior retirada pela empresa Policarpo Reciclagem, prestadora de serviços para a Reciclanip, relata Anderson Martelli, biólogo da SAMA. A Reciclanip é uma entidade sem fins lucrativos criada pelos fabricantes de pneus novos Bridgestone, Goodyear, Michelin, Pirelli e Continental.
Reutilizar pneus velhos como horta doméstica é uma ideia de custo baixo, que visa direcionar ações ao desenvolvimento sustentável e, em paralelo, criar hábitos visando uma alimentação saudável através do cultivo de hortaliças, legumes, ervas e frutas.
“Assim, Itapira com essa gestão de pneumáticos passa a adotar padrões sustentáveis de produção e consumo de forma a atender as necessidades das atuais gerações e permitir melhores condições de vida, sem comprometer a qualidade ambiental e o atendimento das necessidades das gerações futuras”, finaliza José Alair de Oliveira.
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