O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) Ban Ki-moon, apelou ontem (23) para que a comunidade internacional apoie os esfoços feitos pela Autoridade Nacional Palestina (ANP) em busca de sua autonomia e da conquista de ser transformada em um Estado. Segundo ele, dessa forma a comunidade internacional vai colaborar para evitar um efeito desestabilizador no Oriente Médio.
Porém, o apelo dos palestinos esbarra em resistências por parte de Israel e seus aliados, como os Estados Unidos. As discussões sobre o tema geram polêmicas e críticas.
"Não fazer isso neste momento crítico pode ter consequências que podem se revelar como desestabilizadoras [no Oriente Médio]", disse Ban Ki-moon, lembrando que a expansão dos assentamentos (israelenses) e da divisão do povo palestino são as principais ameaças para as negociações entre palestinos e isralenses.
Ban Ki-moon pediu ainda a colaboração financeira da comunidade internacional para o comitê de ajuda aos refugiados palestinos. Segundo ele, há um “déficit urgente” de US$ 400 milhões. O secretário-geral acrescentou que as agências da ONU continuarão a trabalhar para ajudar a Autoridade Nacional Palestina.
"A situação atual não é sustentável. O estabelecimento de um Estado viável, democrático e soberano da Palestina, vivendo lado a lado com Israel está muito atrasada ", lamentou Ban Ki-moon. "É hora de a comunidade internacional a trabalhar seriamente com as partes nos próximos meses para traçar um novo caminho político credível para alcançar essa visão."
A presidenta Dilma Rousseff pretende abordar a questão entre palestinos e israelenses em seu discurso amanhã (25) na abertura da 67ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York. O governo brasileiro é favorável ao Estado autônomo palestino.
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