Uma cena inusitada causou uma enorme interrogação na cabeça de muitas pessoas que circulavam pela Avenida Paoletti no final da manhã de quinta-feira, 08, quando uma viatura da Polícia Militar e outros veículos estava posicionados na entrada principal da Unidade fabril do Laboratório Cristália.
Conforme apurou o Jornal A Cidade, tratava-se de uma ação orquestrada por dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Refeições de Campinas e Região (Sintercamp) cujo alvo eram funcionários da empresa Massima S.A, a qual é contratada pela empresa itapirense para fornecimento de refeições para seus funcionários. Carlos André Ferreira da Silva, assessor de relações públicas e trabalhistas do Sindicato informou que a ação tinha como objetivo forçar a empresa (a Massima) a negociar a concessão de um salário a mais por ano aos seus funcionários a título de participação no resultados dos lucros. “Estamos tentando uma negociação amigável há quase um ano e não tivemos um retorno satisfatório. Não nos restou outra medida senão realizar este tipo de pressão”, afirmou.
Ele mencionou ainda que o ato contava com apoio de dirigentes sindicais de outras bases. Revelou que na cozinha da unidade central do Cristália são 12 os funcionários da Máxima. Indagado sobre a estratégia para fazer estes trabalhadores pararem de trabalhar, disse que este tipo de informação é “segredo”. “Este ato aqui hoje foi só um aviso. A partir da semana que vem nossas ações serão ainda mais contundentes, ameaçou Odimar Ramos, que se identificou como sendo Diretor Trabalhista do referido Sindicato. Ele os demais colegas prometeram que iriam parar o fornecimento de refeições, admitindo de forma clara que se preciso for irão prejudicar os funcionários da empresa local - que nada tem com o problema - para atingir seus objetivos. “A empresa (o Laboratório Cristália) se torna responsável solidário do terceirizado que ela contrata”, argumentou.
A ameaça foi extensiva à unidade da Rodovia Itapira-Lindóia, onde os dirigentes não souberam precisar quantos funcionários tem a Massima. Ainda conforme versão por eles apresentadas todos estes funcionários são de Itapira.
Constrangimento
O Laboratório Cristália não quis se pronunciar de maneira oficial sobre o fato. Uma fonte que pediu sigilo de sua identidade afirmou que a ação do sindicato impôs um constrangimento desnecessário para a empresa. Ainda segundo esta fonte antes de contratar qualquer outra empresa para prestação de serviço o Cristália faz uma checagem completa sobre a sua capacidade de prestar o serviço solicitado e sobretudo a respeito de sua idoneidade e que considera a Massima perfeitamente apta a cumprir o contrato firmado.
Contratada diz que foi apanhada de surpresa com manifestação
A Massima S.A admitiu por meio de Fabíola Mendes, Gerente de Recursos Humanos da empresa, que a manifestação em Itapira foi realizada sem que sua direção tivesse ideia de que isso fosse ocorrer. “Fomos apanhados de surpresa, nada indicava que isso pudesse ter ocorrido”, disse Fabíola.
Segundo ela já existe um acordo assinado entre a empresa que representa e a Federação dos Trabalhadores em Refeições para pagamento da Participação nos Lucros e no Resultado (PLR) e que a ação do Sindicato de Campinas tem como objetivo, segundo seu entendimento, forçar a Massima a romper com este acordo e realizar um outro paralelo com a representação local em Campinas. “Toda esta mobilização causou a nós um enorme estranhamento. Temos um acordo assinado e, portanto, é injustificável toda esta movimentação”, avaliou.
Ela disse que o contrato com o Cristália é recente e que a empresa tem hoje cerca de 15 pessoas de Itapira contratadas e que este número poderá ao longo dos próximos meses chegar a 50 conforme a demanda assim o exigir. Informou que a Massima tem 15 anos de atuação neste mercado com fornecimentos de cerca de 900 mil procedimentos mês para atendimento de 185 clientes cadastrados.
Movimentação despertou curiosidade das pessoas
Pessoal da Sindicato promete prejudicar fornecimento de refeições para os funcionários da empresa Itapirense se não houver negociação com a empresa terceirizada
2 comentários
14/11/2012 16:11:55 | Renato
Esses caras do sindicado só querem dinheiro. trabalhar que é bom ninguém quer. crias do governo petista parasita deste país.
11/11/2012 03:11:56 | Claudinei
Enquanto tem funcionario trabalhando....tem pessoas más intencionadas prejudicando a imagem de uma empresa conceituada ae dr. pacheco, e sr stevanatto, coloca pra andar e contrata outra, tao achando que sao funcionarios publicos. era só oque faltava