O futuro Prefeito José Natalino assume dia primeiro de janeiro e, em tese, terá módicos 38 dias para ter pronto os festejos populares do carnaval do ano que vem. O feriado de Carnaval cairá no dia 12 de fevereiro. Portanto, serão 30 dias para viabilizar atrações que possam oferecer algum entretenimento de nível razoável, dentro das tradições carnavalescas locais.
Durante uma entrevista concedida à Rádio Clube e ao Portal Cidade de Itapira neste início de mês, o futuro prefeito admitiu que o assunto lhe trazia enorme preocupação. “Teremos um tempo exíguo para dar conta de muitos procedimentos, alguns deles obrigatórios como o envio de projeto de Lei para a Câmara autorizando subvenção, licitações para a contratação de prestadores de serviço, sem falar nas dificuldades de se aprontar eventuais atrativos num espaço tão curto de tempo. Por outro lado já tenho pessoas dispostas a nos ajudar de forma voluntária a superar todas estas dificuldades. Será por aí”, disse na oportunidade.
O primeiro passo para que esta sua pretensão se materialize foi dado no último dia 14, quando recebeu pessoalmente em seu escritório na Vila Boa Esperança algumas pessoas que entendem do assunto. Conforme apurou o Jornal A Cidade, participaram Celso Conrado, da Escola Império do Samba, o servidor municipal Claudio Maria, o ex-dirigente da extinta escola 9 de Julho, Adilson Ravetta e Luan Rostirola, que foi candidato a vereador na coligação que elegeu Paganini.
Uma providência efetiva do encontro foi a alteração na diretoria da Liga das Escolas de Samba e Entidades Carnavalescas, criada em 2009. Conrado deixa a presidência para que Ravetta possa assumi-la. O aposentado confirmou a informação. “Recebi um pedido do próprio Paganini para que desse uma força neste período de transição. Não poderia negar”, revelou.
Ravetta considera que apesar de tudo conspirar para a realização de um carnaval ‘ralinho’, entende que o simples fato da futura administração estar se antecipando aos problemas “é um bom sinal”. Entre os temas abordados estava o local dos desfiles. “Foram examinadas alternativas à região central da cidade. Este foi um ponto consensual. No centro da cidade não dá mais para serem realizados os desfiles”, avaliou.
Pelo menos três locais foram colocados como prováveis substitutos, a avenida Siqueira Campos ( favorita na opinião de Ravetta), a Avenida Ari Wilson Cremasco (perto da Estação Rodoviária) e a avenida dos Biris (Parque Juca Mulato). “Em qualquer um destes casos será necessário um investimento em logística e infraestrutura, ou seja, a Prefeitura terá que gastar”, previu.
Outra sugestão colocada na pauta de discussões diz respeito a uma forma de incentivar pessoas que estejam dispostas a criar escolas de samba em locais distintos para uma apresentação informal neste ano, criando raízes para que em 2014 voltem as disputas que marcaram época em um passado não tão distante assim. Claudio Maria disse que a ideia “pode colar”. “Existem pessoas interessadas (nos desfiles). Tudo vai da gente articular a participação destas pessoas, oferecendo as garantias necessárias de que terão ajuda financeira para colocar em prática esta pretensão”, colocou.
Fora
Celso Conrado, que nos últimos quatro anos pelo menos assumiu uma postura mais incisiva para manter em Itapira a questão dos desfiles de escolas de samba, ajudando a fundar a escola Império do Samba, disse que participou do encontro como mero observador. “Estou fora. Saio da liga e até mesmo da direção da escola. Não pretendo mais me envolver”, considerou. Disse que a decisão da Império do Samba participar ou não do carnaval do ano que vem nas condições analisadas vai depender da futura diretoria. Ele disse que Rodrigo Aro deve assumir o comando da Escola.
Ravetta e Claudio Maria, dois dos novos integrantes da Liga carnavalesca local