A decolagem da nova tendência da computação, cloud computing, pode diminuir a velocidade em função da ação dos hackers.

Computação em nuvem (em inglês, cloud computing) é a utilização da memória, armazenamento e cálculos em computadores e servidores compartilhados e interligados pela internet. Dados que poderão ser acessados de qualquer lugar do mundo, a qualquer hora, não havendo necessidade de instalação de programas. O acesso a programas, serviços e arquivos é remoto, através da Internet - daí a alusão à nuvem.

Os ataques de hackers contra o Gmail e a PlayStation Network, da Sony, recentemente, acenderam as luzes de advertência.

“Muitas empresas têm reservas quanto à segurança da computação em nuvem devido à arquitetura para múltiplos inquilinos e ao fato de que os provedores de serviços em nuvem são grandes alvos”, disse Steve Hodgkinson, diretor de pesquisa de tecnologia da informação no grupo de pesquisa britânico Ovum.

“A realidade, porém, é que os principais fornecedores de serviços de computação em nuvem têm forte incentivo para investirem nos mais recentes processos e tecnologias de segurança, e é provável que sejam mais seguros que as empresas”, completou.

A segurança é o grande monstro do mundo da computação. Hackers invadiram as contas da Sony e atacaram empresas de destaque, como a Lockheed Martin e o Google. A origem pode ser na China.

As preocupações podem retardar o crescimento da computação em nuvem. A previsão até o 2014, para o mercado mundial, é de U$ 55 bilhões.

“Temos que fazer uma combinação de coisas como criar mais e mais dispositivos de segurança na infraestrutura”, disse Boyd Davis, vice-presidente na Intel, falando durante a Computex, em Taipé, nesta semana.

ARM e AMD, rivais da Intel, estão avançando nos sistemas de segurança dos seus chips e processadores, com diferentes parceiros.


“Se você não tem um padrão aberto, você poderá ter segurança de uma certa maneira e eu posso fazer algo que não seja compatível e as aplicações poderão não conseguir conversar entre si”, disse Manju Hegde, vice-presidente corporativo da AMD.