A aposentada Nair Pellizer Biccigo tem chamado a atenção de muitas pessoas por onde costuma circular devido ao meio de locomoção bastante original que utiliza para seus deslocamentos diários por toda a cidade; uma bicicleta elétrica, na verdade, um tricilo. Portadora de uma patologia conhecida por neuropatia diabética, ela explica que a doença causa um desconforto relacionado a uma fraqueza nas pernas e que isso a impediu de dirigir. “ Mudar de marchas e , principalmente, frear o veículo exigem movimentos com os pés e as pernas dos quais estou impossibilitada. Por isso fui atrás de um veículo que me ajudasse nas muitas tarefas diárias”, contou ao Jornal A Cidade, num final de tarde desta semana, quando saia da papelaria Rispel.
No pouco tempo em que passou pelo local, ela e sua bicicleta atraiam muitos olhares. “ Isso tem sido muito frequente. Tem gente que acha graça, outros dão a impressão de não ter uma boa opinião, mas não ligo muito não”, disse ao comentar a reação de curiosidade das pessoas. A bicicleta ela disse que foi sugestão de um amigo chamado Clécio, o qual, possui um comércio de bicicletas aqui na cidade. “ Ele me indicou e me acompanhou até uma pessoa em Arthur Nogueira que faz este tipo de adaptação, na verdade eu diria que ele personaliza a bicicleta” , especificou.
A dela possui três rodas, adaptado com dois cestos de metal, uma na frente junto ao guidon e outro atrás. “ Sou muito atarefada. Corro para lá e para cá o dia todo, visitando lojas, supermercados, tenho que cuidar de casa e também numa entidade onde presto serviço e é comum eu transportar cesta básica nela”, disse ao justificar a instalação dos cestos. A bateria lhe permite percorrer 35 quilômetros. Um dispositivo perto da manopla do lado direito indica o nível de carga. Cada recarga consome, segundo ela , cerca de duas horas.
Entusiasmada com seu meio de locomoção, afirmou que pensa dar uma incrementada nele. “ Penso em colocar luzes de sinalização ( seta) e buzina”, revela.
Inconvenientes
A aposentada lista também alguns inconvenientes de se deslocar com o seu veículo. O sol incremente é um deles. “ Passo muito protetor solar, uso chapéu e ainda sim sofro bastante”, relatou. Os buracos nas ruas são outro empecilho. E quando indagada se não tem medo de se deslocar num trânsito que sabidamente faz quase que diariamente muitas vítimas por causa da imprudência, ela conta que o triciclo possui três níveis de velocidade e que vai “sempre na marcha lenta”. “ A gente tem que ser cuidadosa. Ainda se eu me deslocasse de carro teria o mesmo tipo de preocupação. Evidentemente que tenho sempre a atenção redobrada e graças a Deus não tive até hoje nenhum problema mais sério nestes dois meses em que venho utilizando ele ( o triciclo)”, encerrou.
Dona Nair, tem causado sensação com seu veículo