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08/03/2014 | Uma mulher dos sete instrumentos e muita fibra

Filmar, fotografar, editar, criar, dar aula de música, de expressão corporal, de dança, animar festas, atuar no teatro infantil... além de ser esposa, mãe e dona de casa. Essa é a rotina de Aline do Prado Ambrosini, uma verdadeira mulher dos sete instrumentos e de muita fibra, que consegue dar conta de várias tarefas profissionais e ainda encontra tempo para os afazeres diários.

Acustumada a enfrentar as dificuldades impostas pela vida, Aline Prado nunca se deu por vencida. Construir sonhos e sair em busca deles sempre foi sua marca registrada.

Afeita às artes desde a infância, principalmente à dança e à música, fez delas uma maneira de vencer na vida. E é assim que cumpre uma exaustiva, porém gratificante, rotina diária como professora, produtora, cantora, esposa, mãe e dona de casa.

A facilidade para aprender fez dela uma profissional com­petente em diversas áreas. Com o marido aprendeu os macetes na área de filmagem, fotografia e edição de vídeos. Com a mãe aprendeu a ser forte, batalhadora, a ter fé e a sorrir sempre, mesmo diante das dificuldades. “O Edinho (Edson Luís Ambrosini) me ensinou muito e me apoiou e minha mãe é tudo que eu ainda quero ser, uma pessoa que se doa, que cuida, que apóia, uma mulher forte, batalhadora e que nunca deixou de sorrir e ter fé, por mais que a vida lhe tirasse o que ela amava”, explica.

Educação Física

Quando terminou o Ensino Médio, em 99, Aline cultivava o sonho de cursar Educação Física, o que não foi possível na época por dificuldades fi­nanceiras. “Naquela época não tinha PROUNI, ou você passava em uma escola fe­deral ou tinha que pagar uma particular”, lembra.

Mas a espera valeu a pena e em 2008 fez o Enem e con­seguiu boas notas, o que lhe valeu o ingresso PUC (Ponti­fícia Universidade Católica) de Campinas com bolsa integral pelo PROUNI, em 2009, no curso de Educação Física, no período noturno. “Não foi nada fácil, viajar todos os dias para Campinas, após trabalhar o dia inteiro e voltar à meia­-noite e ainda ter que dar conta dos estágios, mas eu venci”, comemora.

O diploma valeu a abertura em um mercado de trabalho com extensa lista de oportu­nidades. Como já integrava o quadro da Escola Interativinha como professora de música, dança e expressão corporal, passou a atuar em outras ati­vidades ligadas a Educação Física. Isso sem deixar de atuar no Laboratório do Som e Ví­deo ao lado do marido, além de cuidar da casa e da filha Ana Lua.

No Laboratório do Som e Vídeo exerce atividades como filmagens, fotografias, design gráfico e o principal, que é a editoração de vídeos. Além disso é professora de Música, Dança e Expressão Corporal e atua na criação dos eventos da Escola Interativinha; pro­fessora de Expressão Musical da Escola Interativa; atua na área de Marketing da Escola Interativa, com ideias e a re­alização das mesmas, design gráfico e edições de vídeos para divulgação da escola em diversas mídias; professora de Dança no Dama Studio; professora de Dança no Clube de Campo Santa Fé; profes­sora de Dança e Bailarina na Esprodança, e atua na área de Música e Teatro de bonecos em festas infantis. “Essa atividade é essencial, pois minha mãe e minha filha participam, é muito prazeroso”, frisa.

Fazer tudo isso é muito prazeroso e com certeza é cansativo, mas como Aline diz, quando se faz com amor e dedicação as coisas boas ficam em evidência. “Eu acredito que tudo o que a gente se propõe a fazer tem que fazer bem feito. E é assim que eu pelo menos tento fazer as coisas. É claro que nem tudo sai perfeito ou como eu gostaria, mas pelo menos sei que dei o máximo de mim. Estou buscando sempre melhorar como mãe, filha, esposa, profissional e como pessoa”, detalha.

Futuro

Para o futuro, Aline diz que não almeja coisas muito grandes, pois acredita que tem quase tudo o que precisa. “Mas é claro que gostaria de ter uma vida melhor, para mim e para os meus familiares, como por exemplo, ter uma casa própria, que é um sonho de muitos anos que minha mãe tem”, revela. “Se tem uma coisa que também almejo é sempre mais conhecimento, por isso ainda quero fazer uma pós-graduação ou especiali­zação na área da Educação Física, como também buscar cursos de aperfeiçoamento nas outras áreas que trabalho, pois conhecimento é sempre bom”.

E tudo isso, para ter uma condição melhor de vida com o marido e a filha e poder criá-la com dignidade. “Ver minha filha crescer saudável e feliz é meu sonho. Com certeza já estou conseguindo tudo isso, pois o primeiro passo eu já alcancei, que é proporcionar a ela uma escola de qualidade”, comemora.

E, para ter tudo que al­meja, conta com o apoio das pessoas que sempre estão ao seu lado. “Com certeza, no primeiro lugar da primeira fila da minha torcida está a mulher mais importante da minha vida, que é minha mãe. Devo a ela minha vida, mas o mais importante é o seu apoio, a toda hora, em qualquer cir­cunstância. Ela é a mãe que às vezes não consigo ser para a Ana Lua. Tenho certeza que ela deixou muitas coisas que gostaria de fazer por causa de nós, eu, meus irmãos e a Ana Lua. Ela é tudo que eu ainda quero ser, uma pessoa que se doa, que cuida, que apóia”, diz. “Estou longe de ser como ela, mas espero que um dia eu aprenda”.

O marido Edinho também está nessa lista. “Ele me ensi­nou muito e também apoiou”, frisa. “Tento aprender com ele para poder realizar meu trabalho com perfeição”.

 

Uma rotina de dar inveja

Cumprir as tarefas sema­nais e dar conta de todos os compromissos é um desafio enfrentado por Aline Prado em todos os sentidos. Alguns dias da semana essa rotina começa às seis da manhã, em outros às cinco e, quando necessário, às quatro horas da madrugada.

A segunda-feira é bem corri­da. Às 7h30 ela já está na Intera­tivinha, onde fica até às 11h00. Um parada para o almoço e o retorno às 13h00 para dar aula até 16h30. “Nesse dia dou aula de música em todas as salas, são 10 no total, para bebês e crianças, com cerca de 140 alunos, dos quatro meses aos seis anos”, explica. Depois das 16h30, segue para o Clube de Campo Santa Fé, onde dá uma aula de dança para as adolescentes, das 1700 às 18h00. E ainda dá tempo de voltar para a Interativinha, pois tem HTP e aula de Inglês até às 20h00.

Na terça, o dia começa com aula de dança na turma ballet baby no Esprodança (Estúdio Profissional de Dança) das 9h00 às 10h00. Das 10h15 às 11h15 fica no Santa Fé, onde dá uma aula de dança para crianças. Depois de almoçar segue para a Interativinha onde fica das 13h00 às 16h00. Das 16h00 às 16h50 faz o Marketing da Interativa e das 16h50 às 18h50 dá aula de Expressão Musical na Escola Interativa. “Saio de lá, vou pra casa comer alguma coisa e das 20h00 às 21h00 dou aula de dança livre para adultos no Dama Studio”, conta.

Na quarta-feira Aline se dedica às edições de vídeo no período da manhã no estúdio agregado à sua casa. À tarde, trabalha das 13h00 às 16h30 na Interativinha. Das 16h50 às 18h30 dá aula na Interativa.

Na quinta-feira entra às 7h30 na Interativinha e sai às 10h00, quando vai para o Santa Fé para dar aula para as crianças das 10h15 às 11h15. Volta pra al­moçar e retorna às 13h00 para a Interativa, no setor de Marke­ting, onde fica até 14h40. “A partir deste horário dou aula de Expressão Musical até as 16h50 e vou correndo para o Santa Fé, pois dou aula das 17h00 às 18h00 para as adolescentes”, relata.

Na sexta-feira de manhã se dedica às edições de vídeo e das 13h00 às 18h00 está na Interativinha. Depois de lá vai para o Dama Studio, pois tem aula de dança para crianças das 18h15 às 20h00.

No sábado dá aula para crianças das 9h00 às 11h00, no Esprodança. “Quando há eventos para filmagens, geral­mente aos sábados e domingos e agora tem também a música em festas infantis, onde canto por pelo menos quatro horas”, explica.

E, nisso tudo, nessa rotina, tem que arrumar tempo para se cuidar, para cuidar de quem está do seu lado e tenta fazer tudo isso. Às vezes deixa a desejar, como ela mesma frisa. “Tenho que ser boa mãe, o que não está incluso aí, mas tento adaptar a tudo isso, tento ganhar na qualidade do tempo que passo com a Ana Lua, já que a quantidade não é tanta. Já a limpeza da casa fica em último lugar, porque além de tudo isso, professor tem que planejar as próximas aulas”, frisa. “E da meia-noite às seis eu tento dormir, mas às vezes tenho que lidar com a ansiedade feminina e não consigo, pois fico imaginando tudo o que terei que fazer no dia seguinte”.

Para cumprir tudo com o máximo de competência possível, Aline revela de onde vem tanta força. “Meu alicerce vem da minha família e, principalmente, das duas mulheres da minha vida, minha mãe e a minha filha. Sem deixar de esquecer que me espelho numa mulher que também batalhou muito e me ensinou que é muito bom fazer piadas sobre o que às vezes não nos cai tão bem, que temos que ver as coisas com mais humor, a minha irmã Taty (Tatiana Prado, falecida em agosto de 2012, vítima de câncer)”.

Fonte: Da Redação do PCI

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