Projeto foi iniciado para dar uma aplicação viável ao Vale do Ribeira, utilizando resíduos produzidos pela agroindústria local
Para dar uma destinação sustentável ao lodo gerado durante o tratamento de esgoto, a Unesp de Registro em parceria com a Sabesp, desenvolveu um estudo que o material e a casca de palmito como adubo. O composto tem desempenho em média 20% superior ao substrato industrializado.
Por ser um poluente potencial se mal utilizado, o uso do lodo de esgoto deve ser feito com cuidado. Para gerar um produto seguro, a pesquisadora esterilizou o material por meio do processo de compostagem, que eleva a temperatura do material, matando os microorganismos nocivos à saúde. Todo o resíduo foi cedido pela Sabesp, que busca formas mais seguras e rentáveis de dispor adequadamente esse material.
A compostagem foi obtida com a adição de cascas de palmito pupunha. O elemento fibroso deu a porosidade necessária para a geração da receita. Os pesquisadores avaliaram três tipos diferentes de misturas para a produção de espécies nativas da Mata Atlântica: Aroeira Pimenteira, Juçara e mudas de eucalipto. Cada uma delas com com proporções de lodo de esgoto de 50%, 66% e 75% cada. Os resultados parciais indicam que todas tem bom potencial como substrato, com resultados variando entre as espécies testadas.
Iniciado em 2011, o projeto tinha como alvo os produtores do Vale do Ribeira, local que tem o palmito como uma de suas principais atividades econômica. Além disso, as agroindústrias têm problemas quanto ao descarte dos resíduos, representando um custo e uma preocupação em relação a impactos ambientais. A utilização do substrato em maior escala depende agora de uma adequação à legislação
Comentários, artigos e outras opiniões de colaboradores e articulistas não refletem necessariamente o pensamento do site, sendo de única e total responsabilidade de seus autores.