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Itapira, 01 de Janeiro de 2025
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02/03/2014 | Uso da camisinha evita a infecção da sífilis

A sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST) ocasionada por uma bactéria que se instala no organismo e pode gerar diversos tipos de proble­mas em homens, mulhe­res e até mesmo bebês. De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica de Itapira, no ano de 2013 foram registrados 35 casos na cidade, sendo três deles em gestantes. O número é elevado, principalmente se comparado ao número de casos novos de infecção por HIV, que foi de 13 no mesmo período.

A chefe do departamen­to, Josemary Apolinário, explicou que desse número de notificações a maioria é de pessoas entre os 20 e 49 anos e a maior incidência é em mulheres. “Isso não significa que as mulheres se infectam mais, mas sim que elas procuram mais o serviço de saúde e o tratamento. Es­ses são os casos notificados, mas há muitos outros que são desconhecidos tanto por nossa parte como pelos próprios pacientes”, com­plementou.

A DST é transmitida por três meios, sendo o principal deles através da relação se­xual sem uso de preservativo. A transmissão vertical, da mãe para o bebê na hora do parto, também se tornou uma preocupação. Chama­da de sífilis congênita, ela pode trazer sérios problemas de saúde para a criança, como pneumonia, feridas, cegueira, problemas ósseos, surdez, deficiência mental e, em casos mais graves, até a morte. A terceira forma de contágio, mais rara, é pela transfusão e contato de sangue.

Josemary explicou que apesar de apresentar tantos riscos, a sífilis é tratável e pode desaparecer do orga­nismo. “Quando o paciente é diagnosticado, o médico passa o tratamento especí­fico, mas é preciso que ele seja respeitado rigorosa­mente para que a bactéria seja eliminada. Além disso, o parceiro ou parceira do paciente contaminado tam­bém deve se tratar para que não ocorra a re-infecção. No caso das gestantes, também existe o procedimento es­pecífico para evitar que a doença seja transmitida para o bebê, mas o tratamento deve ser feito corretamente e no momento oportuno”, elucidou a chefe da Vigilância Epidemiológica. No caso de recém-nascidos infectados, o protocolo a ser seguido é fazer exames periódicos e acompanhamento do desen­volvimento da criança, bem como tratamentos específi­cos para evitar agravamentos e eliminar a doença.

Os primeiros indícios da doença são o surgimento de pequenas feridas nos órgãos sexuais ou caroços nas virilhas. Elas não doem, não coçam, não apresentam pus e nem ardem e ten­dem a sumir em poucos dias mesmo sem qualquer medicação. Em outros es­tágios, surgem manchas no corpo e até mesmo queda no cabelo. Durante esse período, a doença conti­nua se desenvolvendo e no estágio mais avançado po­dem aparecer complicações mais graves como cegueira, paralisia, doença cerebral, problemas cardíacos e até mesmo a morte.

Contudo, Josemary conta que a maioria das notifica­ções é feita em exames de rotina ou através do teste rápido. “Hoje temos mais facilidade em fazer o diag­nóstico precoce e talvez essa seja uma das explicações para o número de casos notificados aumentarem ano a ano. A maioria dos pacientes positivos é assinto­mática e por isso destacamos a importância de manter os exames de rotina em dia, em especial o papanicolau para as mulheres”, comple­tou Jose.

Para evitar a infecção, a Vigilância Epidemiológica reforça a campanha para o uso da camisinha em todas as relações sexuais para prevenir não só esse, mas todos os outros tipos de DSTs. Em casos de suspeitas, basta procurar o Posto de Saúde mais próximo e conversar com o médico para que o teste rápido e os exames laboratoriais possam ser realizados. No caso das ges­tantes, realizar o pré-natal com regularidade garante o diagnóstico e o tratamento adequado.

Todos os Postos de Saú­de, bem como a Vigilância Epidemiológica, também disponibilizam preservativos gratuitos a toda população. Nestes quatro dias de Car­naval, uma tenda da Secre­taria de Saúde também será instalada nas adjacências do Parque Juca Mulato e haverá distribuição de camisinhas.

Fonte: Da Redação do PCI

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