O vazamento no reator 2 da usina de Fukushima Daiichi que lançava ao mar grande quantidade de água radioativa foi controlado graças à injeção de silicato de sódio, afirmou ontem (6) a operadora Tokyo Electric Power.
Na noite do mesmo dia, a empresa japonesa deu início à injeção de nitrogênio no reator 1, na tentativa de evitar uma possível explosão por acúmulo de hidrogênio. O procedimento será mantido até que o nitrogênio atinja 6 mil metros cúbicos. Segundo a operadora, 25% da barra energética do reator 3 pode ter sido danificada.

O governo japonês autorizou as pessoas evacuadas da zona de risco a visitar suas antigas casas, recomendando, porém, que elas permaneçam no local por pouco tempo.

Japão criou ainda uma entidade especial para cuidar das indenizações às vítimas do terremoto seguido de tsunami.

Especialistas da Comissão de Ciência dos Efeitos da Radiação Atômica das Nações Unidas classificaram o nível de gravidade do acidente com a usina nuclear de Fukushima como sendo inferior apenas ao episódio de Chernobyl, em 1986. O acidente na usina norte-americana da ilha Three Mile, em 1979, é o terceiro mais grave da história.

A Agência de Segurança Nuclear francesa criticou o Japão por não revelar informações suficientes sobre o acidente nuclear, dizendo esperar que o país seja mais transparente daqui para frente.

O Ministério do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável da França irá reforçar as parcerias com o Japão no tratamento do acidente nuclear.

O Ministério da Saúde da China confirmou que quantidades extremamente pequenas do isótopo radioativo iodo-131 foram descobertas nesta quarta-feira na superfície de espinafres em Beijing, Tianjin e Henan.