Os jogos olímpicos da Fundação CASA, o maior evento esportivo do mundo envolvendo adolescentes em conflito com a lei, começam no dia 1º e vão até 4 de novembro. Durante os quatro dias de competição, mais de 1,1 mil jovens de 80 centros socioeducativos da Fundação CASA vão disputar seis modalidades esportivas, no Conjunto Desportivo do Ibirapuera, na capital paulista.

O objetivo da realização da VI Olimpíada da CASA é o de usar o esporte como mecanismo de educação. As modalidades esportivas que serão disputadas são: cinco coletivas (futsal, futebol, vôlei, handebol e basquetebol) e uma de atletismo (100m, 4 x 100m, 400m, 1.500m e arremesso de peso).

A cerimônia de abertura da VI Olimpíada terá desfiles das delegações dos centros socioeducativos. Logo após, o maestro João Carlos Martins tocará o Hino Nacional Brasileiro. "A VI Olimpíada coroa um trabalho de seis anos realizado pela Superintendência Pedagógica a partir de sua Gerência de Educação Física e Esporte", destaca Berenice Giannella, presidente da CASA. "Nós temos o esporte como um instrumento de transmissão de valores, como ética, disciplina e respeito ao próximo".

Para deixar a festa mais atrativa aos adolescentes, a VI Olimpíada ainda vai contar com um Festival de Cultura Urbana.

Olimpíada da CASA

Cinco anos e seis competições depois, os jogos olímpicos da CASA já são o maior evento desportivo do Brasil e, provavelmente, no mundo. Contando todas as edições, mais de 5.000 jovens atletas passaram pelas quadras e raias olímpicas do Ibirapuera.

Desde a I Olimpíada, que aconteceu em 2006, personalidades do esporte brasileiro participam da abertura dos jogos olímpicos. Entre eles estão: a saltadora com vara Fabiana Murer, os ex-jogadores de futebol Raí de Oliveira e Zé Maria, a ex-jogadora de basquete Magic Paula, o ex-jogador de vôlei Montanaro e o nadador paraolímpico Daniel Dias.

A importância do esporte na CASA

O Esporte é um dos atores principais dentro da nova história que a Fundação CASA está escrevendo. Ele faz parte de um rol de atividades pedagógicas que incluem a educação profissional básica, a escola formal e oficinas de arte e cultura ministradas diariamente em todas as unidades da Fundação CASA voltadas à medida socioeducativa de internação.

Todo este trabalho tem sido possível por conta do processo de descentralização do atendimento, desencadeado em 2006 a partir da construção de novas e pequenas unidades, com o objetivo de fazer com que os adolescentes fossem atendidos próximos de suas famílias, em suas cidades e regiões de origem. Até o final do ano, serão 61 novos centros socioeducativos.

Este amplo programa, que incluiu a capacitação dos funcionários da CASA para um atendimento de qualidade e individualizado, fez com que a reincidência na internação caísse de 29% para 13% nos últimos seis anos e colocasse a instituição como exemplo para o País no atendimento socioeducativo.