O Serviço de Controle de Zoonoses da Vigilância Epidemiológica de Itapira continuou na semana passada a retirada de escorpiões do Cemitério da Saudade, dando sequência a um projeto iniciado em janeiro. Em cinco noites consecutivas, de segunda a sexta-feira, foram retirados 1511 escorpiões. Com isso, já foram capturados, desde o início do ano, 9117 escorpiões.
A ação já resulta, segundo a administração do Cemitério da Saudade, em uma nítida diminuição dos escorpiões vistos durante as atividades dos funcionários do cemitério. A retirada dos escorpiões é a única alternativa viável para a sua eliminação daquele local. Segundo o Serviço de Zoonoses, a aplicação de qualquer veneno no local surtiria efeitos contrários ao desejado, pois, além de criar resistência no organismo dos escorpiões, ainda poderia afugentar para as casas vizinhas os insetos que servem de alimento para eles.
A retirada é feita sempre no período noturno, com o uso de uma lâmpada especial. Com esta iluminação, os escorpiões emitem uma luz azulada, o que facilita sua localização em buracos e reentrâncias de túmulos, por exemplo. Em seguida, eles são capturados com uma pinça. Todos os exemplares jovens e adultos capturados são enviados para Instituto Butantan para a produção de soro antiescorpiônico. Participaram do processo de retirada equipes do Serviço de Controle de Zoonoses e do Controle de Vetores, todos da Secretaria de Saúde de Itapira, além de um colaborador voluntário e uma agente comunitária de saúde.
Segundo o veterinário Rodrigo Bertini, do Serviço de Controle de Zoonoses, a ação continuará durante todo o ano, sempre com pelo menos uma retirada mensal. Nesta semana, dando continuidade à parceria com o Instituto Butantan, ele encaminhou 767 exemplares jovens e adultos à instituição, para fins de pesquisa e de produção de soro.
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