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Itapira, 21 de Novembro de 2024
Artigo
08/02/2012 | A Administração Japonesa
 
Após o grande terremoto seguido do tsunami que atingiu a província de Fukushima no Japão, o país se deparou com uma situação complicadíssima, que afetaria todo o país.
 
As estradas bloqueadas, indústrias paradas, sem energia, pois a usina nuclear de Fukushima que abastece grande parte do Japão foi afetada, prejudicando milhões de pessoas, mesmo estando a milhares de quilômetros de distância. As grandes montadoras de automóveis tiveram suas linhas de montagem paralisadas, pois vários fornecedores de peças vinham da região afetada pelo terremoto.
 
Mas apesar de todos esses obstáculos, alguém dúvida que o país vai se recuperar rapidamente?
 
Exemplo maior, foi ver o país devastado após a segunda guerra, se reestruturar e se transformar na grande potência que é hoje.
 
Para contornar os obstáculos pós-guerra, a administração japonesa voltou-se para uma gestão fortemente baseada na participação direta dos funcionários, ou seja, produtividade e experiência voltada para a tarefa. Tal abordagem tem como objetivos a harmonia e a disciplina.
 
A administração japonesa se baseia na forma participativa de gestão, envolvendo participação dos funcionários no processo decisório, negociação de metas, trabalho em grupo, liderança, comunicação bilateral e participação nos resultados. Através do estabelecimento de um planejamento estratégico a empresa ganha flexibilidade, utilizando seus pontos fortes para atender as necessidades de seus clientes e conquistar os clientes da concorrência.
 
O aumento da produtividade é um dos objetivos de qualquer organização. A administração japonesa propõe que para atingi-lo seja adotada uma visão cooperativa dos funcionários, incentivando o envolvimento de todos na consecução das metas da empresa. Apesar de calcar sua filosofia nos valores de realização pessoal dos funcionários, a empresa japonesa reconhece que o incentivo monetário é uma poderosa ferramenta na busca do comprometimento de seus membros com os objetivos empresariais.
 
Outro ponto principal é o sistema de qualidade total, que emprega métodos estatísticos, voltado ao melhoramento do desempenho administrativo. Busca garantia de qualidade, redução de custos, cumprimento dos programas de entrega, desenvolvimento de novos produtos e administração do fornecedor. A abrangência do programa de qualidade total ultrapassa os limites físicos da empresa; tem início na alta gerência, prolongando-se até supervisores e operários e inclui de fornecedores a consumidores externos.
 
Uma das principais características da administração japonesa está voltada para a eliminação do desperdício de produção, utilizando a “produção enxuta”. É um sistema que prediz fazer o que for necessário, apenas na quantidade necessária, no momento necessário, e tão eficientemente quanto possível, gastando o mínimo. O sistema não só reduziu o trabalho direto pela metade, mas também reduziu os defeitos a um terço e deu um profundo golpe nos estoques e espaços da fábrica, ou seja, poupou mão de obra e capital.
 
Por fim, percebeu-se que nunca mais, após as contribuições japonesas vimos o mundo da gestão como víamos antes.

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Fonte: Clovis Akira

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