O Japão é um país sujeito a grandes desastres naturais como: terremotos, tsunamis, maremotos e a ação de vulcões que se mantém em constante atividade. Para auxiliar as vítimas afetadas pela ação da natureza, várias organizações atuam em conjunto com o governo nos mais diversos segmentos, não só auxiliando com primeiros socorros, mas também prestando apoio na recuperação econômica da região afetada.
Entre essas organizações, destaca-se o papel da “Iniciativa Satoyama”, que se caracteriza pelo esforço conjunto e coordenado dos governos, universidades, institutos de pesquisa, associações empresariais e organizações dedicadas ao desenvolvimento das micro e pequenas empresas para recuperar uma região degradada por desastres naturais e danos ambientais graves.
O projeto tem seu campo de atuação não só no Japão, como em outras localidades do mundo afetadas por desastres naturais, como: os terremotos no México e China, tsunami no sudeste asiático e as secas na África, realizando inúmeras ações, como por exemplo:
Ações ambientais, com a elaboração e a execução de políticas públicas de incentivo a recuperação do meio ambiente, de geração de soluções sustentáveis para as comunidades locais e de implantação de propostas educacionais necessárias a qualificação dos habitantes da região.
São realizadas também, ações voltadas para a geração de emprego e renda, e realizadas por intermédio da identificação de novas oportunidades de criação de micro e pequenas empresas e de novos arranjos produtivos, baseados nas peculiaridades locais e utilizando também os conhecimentos tradicionais da região.
O Sebrae no Rio de Janeiro, em parceria com o Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, a Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro (Redetec) e o Centro Regional de Expertise-Rio de Janeiro, vinculado à Universidade das Nações Unidas, organizaram o seminário: A Iniciativa Satoyama: um modelo para o desenvolvimento sustentável regional, no último mês de Abril. O evento realizado no auditório do Sebrae no Rio de Janeiro, teve o propósito de discutir políticas que podem ser adotadas nos municípios fluminenses atingidos por desastres naturais e com graves danos ambientais, como é o caso da Região Serrana e a Costa Verde, litoral sul do estado.
O representante da Iniciativa Satoyama foi o pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade das Nações Unidas, Kazuhiko Takemoto. Ele já atuou como porta-voz do ministério japonês de meio ambiente para assuntos globais ambientais.
Um dos principais tópicos de sua palestra foi a ideia de ampliar as parcerias internacionais em diferentes níveis, incluindo empresas privadas, e juntar conhecimento científico ao da população local são algumas das práticas fundamentais para a recuperação e reconstrução de áreas comprometidas. A chave para evitar ou superar problemas é a integração entre os ecossistemas.