O itapirense Frederico Osmar Bittar, a esposa Ariana, o filho Hamed, a nora e os netos: família unida e feliz
Quem olhasse para aquele menino de oito anos de idade, magro, debilitado, com uma terrível bronquite asmática e encharcado de aminofilina, nunca iria imaginar que um dia ele se tornaria campeão brasileiro de fisiculturismo e defendesse o país no concurso de Mister Universo. A busca pela cura acabou proporcionando ao menino a oportunidade de mudar sua trajetória e escrever sua história.
Essa é a história do itapirense Frederico Osmar Bittar, que desde 1974 reside em Campinas, onde formou sua família e construiu uma carreira. Filho de Ilze Avancini Bittar e Nílsio Miguel Bittar, Frederico sofria com a bronquite e seus pais buscavam todas as formas de livrar o menino da doença. “Um médico orientou meus pais dizendo que eu necessitava de exercícios físicos”, lembra. “Partindo desta necessidade, depois de correr muito em parques com meu pai e tendo poucos resultados, aos 14 anos, em 62, através de uns amigos adquiri uma barra, uns halteres e um pequeno livreto de orientação de exercícios com peso de Nilson Figueiredo, presente de um professor de Educação Física da minha cidade”.
Bittar não media esforços para se livrar da bronquite e aos poucos começou a ver resultados. “Treinava sozinho no porão da minha casa, no primeiro ano de treino os exercícios fizeram o milagre de expandir minha caixa torácica e adeus à bronquite”, conta. “Sarei para sempre”.
Em 1974 Bittar mudou-me para Campinas e iniciou os treinos na Academia Athenas, de propriedade do médico fisiatra Laércio Jorge Martinez, que era presidente da Federação Internacional de Fisiculturismo. “Foi lá que meus treinos e incentivos foram aperfeiçoados com grandes resultados”, explica.
Em 76 o itapirense casou-se com a também itapirense Ariana Maria Mauch. Do casamento nasceu o filho Hamed Mauch Bittar. “Hoje ele é casado e tem três filhos”, conta vovô Bittar.
No âmbito esportivo, devido ao resultado de seus exercícios, Bittar passou a disputar campeonatos de fisiculturismo. Foi campeão campineiro em 72, campeão paulista e do Rio São Paulo em 73, campeão brasileiro em 75, vice sulamericano e defendeu o Brasil no Mister Universo em Acapulco, no México, em 78.
Enquanto cuidava da saúde e da forma física, também acelerou sua carreira profissional. Prestou concurso para o Inamsp (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social), hoje SUS (Sistema Único de Saúde) e foi aprovado para trabalhar na área de reabilitação física, pois já possuía alguns cursos de extensão universitária. “Minha esposa também prestou concurso para a rede estadual de educação, foi aprovada e assim fomos fazendo nossa vida aqui”, revela.
Hoje tanto Ariana como Bittar estão aposentados e com tempo para curtir os netos. “Hoje temos uma academia em casa, onde todos treinam juntos, eu, a esposa, o filho e o neto”, conta.
De Itapira tem saudades dos familiares e amigos, que visitam regularmente. “Em Itapira tenho minha irmã Mamo, primas e sobrinhos e os familiares de minha esposa”, frisa Bittar.
Sobre voltar para a terra natal, o campeão acredita ser difícil. “Não está em nossos planos, pois nosso filho está envolvido na política em Campinas e isso nos estimula a ficar por aqui”, diz. “Temos muita saudade e quem sabe, um dia, retornamos, pois nunca se sabe sobre o amanhã”
A busca pela cura de uma bronquite levou Frederico Osmar Bittar a se tornar um campeão de fisiculturismo.
Ao lado, com o amigo João Batista de Castro, o Tiçá, um grande amigo e incentivador e um dos muitos troféus que conquistou ao longo da carreira que construiu