Como diria aquele comercial antigo e famoso, de um banco que já não existe mais: o tempo passa, o tempo voa... e o esporte itapirense continua revelando talentos e fazendo história. E essa história é contada por personagens que passaram por ela ou que permanecem até hoje dando sua contribuição.
É o caso de gente como o professor Barretto, ou seus pupilos Miguel de Arruda e Valdir Barbanti, que fizeram história no esporte e ainda continuam fazendo parte, ora como personagens principais, ora como simples coadjuvantes. Mas, alguns personagens dessa rica história passam como meteoros e tomam outro rumo, seguem suas vidas profissionais e deixam as páginas dos jornais que dão ênfase ao esporte local.
Nesses mais de 25 anos acompanhando o esporte da cidade tive a oportunidade de vivenciar o surgimento de talentos natos em diversas modalidades esportivas. Meninos e meninas de rara qualidade para determinados esportes, mas que algum tempo depois, por um motivo ou outro, acabariam deixando o esporte competitivo de lado.
Vi de perto talentos como Halina Guarini, Gabriel Redondano de Oliveira, os irmãos Fábio e Felipe Caio, Eliel Cremasco Sartori, Kaylayne de Freitas e Cassiano Guarini brilharem com a raquete de tênis nas mãos, conquistarem torneios e figurarem nos rankings estaduais e nacionais, ou Eduardo Serra Sartori, o Du, que chegou a figurar na lista da ATP (Associação de Tenistas Profissionais), galgando posições no principal ranking do tênis mundial com boas atuações em torneios nacionais e internacionais.
Acompanhei também jovens talentosos que brilharam nas quadras e hoje formam atletas e forjam a personalidade e o caráter de jovens através do esporte, como os irmãos José Cláudio Sartori, o Claudinho, hoje técnico de basquete, e seu irmão Fábio Sartori, o Espaguete, renomado técnico de handebol. Outro exemplo desse tipo é Nivaldo Marques, que brilhou nas pistas e hoje revela talentos para o atletismo local.
Itapira sempre foi pródiga em revelar talentos nas mais diversas modalidades esportivas. Essa facilidade talvez explique o sucesso que o município sempre alcançou em competições como o Campeonato Colegial do Estado, os Jogos Abertos e, principalmente, os Jogos Regionais.
Em alguns casos o brilho esportivo chegou já na fase adulta da vida, mas mesmo assim, com a mesma intensidade dos mais jovens. É o caso do kartista Edson Ioshio Cachiba, o Shiô, dono de uma grande coleção de troféus e medalhas, fruto de sua performance dentro da pista.
Outros nomes chegam à cidade e engrandecem a força do esporte, contribuindo como atleta ou simplesmente como técnico e professor. Nesse patamar se encaixam nomes como Renato Bortolocci Ferreira e Flávio Chiavelli Figueiredo. O primeiro, um mega campeão no salto com vara, o segundo, um técnico de basquete com uma longa lista de talentos revelados.
Cair no anonimato esportivo é algo comum para quem começa cedo a carreira, mas opta pelo caminho da vida profissional, passando pelos bancos da universidade. Mas essa passagem pelos caminhos do esporte acaba sendo perpetuada em registros da imprensa, garantindo presença na galeria de personagens da história esportiva da cidade.
Mas tem gente que começa e nunca termina sua peregrinação pelos caminhos do esporte local. Vira e mexe e estão inseridos em um evento ou outro, oferecendo experiência. Aí dá para colocar os irmãos Gildo e Humberto Piardi, Paulinho Teté, Dula Zanovello, José Luiz Fernandes e tantos outros, que apesar de não serem lembrados nesse momento, com certeza me virão à memória quando minha cabeça estiver repousando no travesseiro.
A essa gente de valor o esporte local deve muito. Assim como minha carreira como jornalista esportivo, pois sem essa gente por perto talvez nada disso estaria sendo escrito agora. Por isso, para ilustrar tudo isso preferi as velhas fotos, que retratam esse pessoal em um tempo bem distante.
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