A grande maioria dos lojistas da cidade já está correndo contra o tempo para reforçar seu quadro de pessoal tendo em vista as vendas de final de ano. Geralmente, se trata de um processo que obedece a uma sistemática própria, com análises de currículos, entrevistas e um curto período de treinamento.

 

Mas, neste ano, particularmente, está mais difícil para suprir às necessidades de reforço da equipe de vendas. Conforme apurou A Cidade, vários lojistas tem se queixado que está mais difícil encontrar profissionais com o perfil desejado. “Já realizei diversas entrevistas e, sinceramente, ainda não fechei a questão”, comentou o gerente das Lojas Pernambucanas João Luiz Gaiaolli. Ele avalia que a maioria dos candidatos não preencheu um requisito fundamental, vencer a timidez. “Se no processo da entrevista o candidato se mostra monossilábico, quase mudo, é um sinal de que não vai desempenhar a função a contento”, especificou.

Sua força de vendas é hoje em dia composta por 27 profissionais. Pretende atuar com pelo menos 35. Ainda segundo projetou, dos temporários que forem contratados as chances de que alguns deles permaneçam depois das vendas natalinas são enormes. “Muitos dos que estão conosco começaram como temporários”, revelou.

 

A empresária Suzana Moysés, da Moysés Magazine, outro peso-pesado da cidade, também vem enfrentando o mesmo problema. Segundo ela de quase meia centena de currículos que avaliou, seis foram considerados ideais, mas na hora do contato já estavam todos empregados. “Vamos ter que replanejar a questão e isso preocupa porque estamos a praticamente 20 dias do  início do período das vendas natalinas”, observou. Suzana tem atualmente 34 atendentes e precisa de pelo menos mais quatro outros. Já possui também um esquema de treinamento “full time”, que considera imprescindível, daí sua preocupação. “Nas minhas projeções este treinamento já era para estar ocorrendo”.

 

 

 

 

 

Edmar Klein da Opção Jeans disse que tem contornado o problema com base na atualização permanente de sua agenda. “Normalmente dou preferência àquelas pessoas que já tem durante o dia alguma outra ocupação. Elas aceitam trabalhar à noite como complemento do seu salário. Durante o dia acho que seis vendedoras dão conta do recado. Mas à noite é preciso no mínimo dobrar o tamanho da equipe”, explica. Walter Soares de Campos Filho, o Valtinho, da W Center, disse que sua loja está com o pessoal praticamente definido com cerca de 10 atendentes, mas que precisa de pelo menos mais duas moças. “A gente já tem algumas pessoas em vista, acho que não terei problemas”, acredita.

 

 

 

 

 

 

 

 

A rede de calçados Padovan, estabelecida na cidade a apenas quatro meses já realizou seleção para  preenchimento de quatro vagas, duas para cada um dos dois prédios onde comercializa seus produtos. A gerente Elisângela Silva Silvestrin conta que o pessoal do setor de Recursos Humanos da Matriz em São João da Boa Vista cuida de tudo. “Foi feita uma seleção bastante rigorosa e já teve início o período de treinamento. Acho que aqui como em outras cidades, não tem sido fácil encontrar mão de obra com o perfil desejado”, opinou.

 

 

 

 

A Associação Comercial e Empresaria (ACEI) atenta à questão do recrutamento de mão de obra que costuma ser mais intenso para algumas categorias de comerciante, em particular, neste período do ano, patrocinou na terça-feira passada, dia 13, em seu anfiteatro, uma palestra sobre os cuidados exigidos na hora de se contratar um profissional para a área de vendas.

 

A palestra ficou a cargo do experiente profissional do setor, Antonio Bento Rodrigues, muito conhecido dos itapirenses em geral por já ter sido presidente da Sociedade Recreativa Itapirense. Ele falou para um público estimado em torno de 50 pessoas, previamente cadastradas, focalizando os dois pontos fundamentais no processo de contratação de trabalhadores, o recrutamento e a seleção.

 

 

 

O palestrante contou que preparou a palestra para atender às necessidades das pequenas e médias empresas do município e enfatizou a import

ância da elaboração de processo planejado para evitar dores de cabeça futuras e, principalmente, buscar os melhores para a vaga aberta. O primeiro assunto abordado foi  a definição do perfil da vaga e do candidato. Orientou quanto à publicação dos anúncios, seleção dos currículos e convocação dos candidatos para a entrevista. Na sequência, o palestrante apresentou algumas técnicas auxiliadoras no processo de triagem: entrevista estruturada, onde o candidato escreve em um documento o seu perfil como pessoa; entrevista coletiva e individual; testes e dinâmica de grupo. Finalizando, esclareceu sobreos procedimentos de aprovação e escolha do candidato em conjunto com a área requisitante, exame médico e integração do candidato à empresa.

 

José Aparecido da Silva, presidente da ACEI, disse que ficou muito satisfeito com os resultados do encontro. “Estamos avançando naquela nossa proposta em oferecer sempre treinamento qualificado para nossos associados e com toda a certeza este último encontro preencheu de forma satisfatória a expectativa de quem pôde participar”, mencionou.