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Itapira, 29 de Novembro de 2024
Notícia
30/03/2014 | Barragem da AES Tietê tem mais água agora do que no ano passado

  

Enquanto autoridades do setor energético do país coçam a cabeça por causa do nível dos reser­vatórios muito abaixo da média histórica para este período do ano, com sérios riscos deste fator interfe­rir na geração de energia elétricas da maioria das Usinas Hidrelétricas da região Sudeste, bem per­tinho de Itapira a situação é absolutamente inversa. Pelo menos é o que afirma a empresa AES Tietê, dona da PCH (Pequena Central Hidrelétrica) instalada na Cachoeira de Cima que delimita as vizinhas cida­des de Mogi Mirim e Mogi Guaçu.

Conforme informou a assessoria de comu­nicação da empresa, a barragem contava nesta semana com 73% de “volu­me útil”. Ainda segundo a mesma fonte,no início de dezembro do ano passado o volume era de 54%. “O volume de água que chega no reservatório é pratica­mente o mesmo volume descarregado” segundo a empresa, o que significa que as operações de ge­ração de energia elétrica seguem dentro da mais estrita normalidade.

A AES Tietê opera em céu de brigadeiro também em suas demais geradoras. “As usinas da AES Tietê estão operando normal­mente e atendendo à média de demanda de geração de energia normal e em horário de pico, conforme despacho do ONS (Opera­dor Nacional do Sistema)”. A assessoria de comunica­ção informou que “choveu muito nesta região”, por isso o nível está maior.

Não é o que demons­tram as vazões de dois dos principais rios que passam por Itapira e que ajudam a formar o referido lago, o Rio Manso e o Rio do Peixe. “Em 53 anos de vida nunca vi o Rio com vazão tão baixa como agora”, atestou o vereador Décio da Rocha Carvalho (PSB), morador do bairro do Rio Manso.

Com capacidade ins­talada de 2.658 MW(10% do total gerado em todo o Estado de São Paulo) a AES Tietê opera outras nove usinas localizadas nos rios Tietê, Grande e Pardo - Barra Bonita, Ba­riri, Ibitinga, Promissão, Nova Avanhandava, Água Vermelha, Limoeiro, Eu­clides da Cunha, Cacon­de - e outras duas PCHs - São Joaquim e São José. A PCH de Mogi Guaçu gera, 7,20 MW, suficientes para abastecer cerca de 22 mil residências.

Apesar da avaliação positiva, a empresa con­sidera a possibilidade de nos próximos meses haver risco de enfrentar algum problema com relação ao volume dos reservatórios. Caso isso ocorra, tem que obedecer necessariamente instruções do ONS (Ope­rador Nacional do Sistema Elétrico).

 

 

 Ficha técnica

  

PCHDE MOGI GUAÇU

 

Pequena Central Hidrelétri­ca Mogi-Guaçu

 

Mogi-Guaçu

 

Entrada em operação: 1999

Localização: Rio Mogi­-Guaçu

Reservatório: área de 5,73 km² e volume de 32,89 x 106 m³

Barragem: tipo Aterro compactado, comprimen­to: 150 m

Turbina: tipo Kaplan Tubu­lar S, queda bruta de 11,6 m

Gerador: tipo Sincrono de eixo horizontal e potência total de 2 x 3,6 = 7,2 MW

Vertedouro: tipo Comporta de superfície e descarga total de 4 x 524,8 = 2.099 m³/s

Número de Turbinas: 2

Número de Circuitos: 1

Tensão Nominal: 13,8 kV

Cota Máxima Útil: 598,50 m

Cota Mínima Útil: 596 m

Volume Útil de Água Acu­mulado: 8,08x106m³

Não tem eclusa

Fonte: Da Redação do PCI

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