A montanha pariu um rato. Na próxima quinta-feira o prefeito Toninho Bellini deverá lançar oficialmente a pré-candidatura de Manoel Marques. Para quem acompanha os passos do Novo Tempo essa pré-candidatura está definida a muito e muito tempo.
Parturient montes, nascetur mus. Tentar-se-á dar ao anuncio e nos dias seguintes, ares de novidade, de união, de renascimento do espírito de 2004. Até uma grande festa, com churrasco e chopp à vontade tem gente pensando em realizar. Na lista, os primeiros nomes, os antigos companheiros.
Para não confundir alhos com bugalhos. A expressão «parturient montes, nascetur mus», é do poeta satírico Horácio, filósofo da Roma antiga, que traduzindo livremente quer dizer “a montanha pariu um rato” para referir-se às coisas pomposamente anunciadas, mas que se transformam, rapidamente, numa grande decepção.
Expectativa? Para muita gente, inclusive entre os governistas, o espetáculo prometido pelo prefeito Toninho Bellini para esta quinta-feira nada mais será do que “a montanha que pariu um rato”, ou seja, resultado pífio diante da expectativa gerada.
Mario para vice. Passa pela cabeça dos mentores intelectuais governistas a ideia de lançar chapa fechada na próxima quinta-feira. Mas diante do refugo do PT e PDT e de um bom nome para vice nos partidos controlados por Manoel Marques, o jeito foi sondar o secretário de negócios jurídicos e cidadania, Mário da Fonseca.
Chapa pura. Mário já tinha declarado que não seria mais candidato a vereador, chegou, a pedido do Toninho, querer ser o candidato a prefeito, sem nunca fechar brecha para o cargo de vice. Para quem acha que Mário está inelegível por ainda ocupar o cargo de secretário, a Lei Complementar 64/90, artigo 1º, inciso IV, alínea a estabelece o prazo de quatro meses para a desincompatibilização.
A situação do PT. Ontem, segunda-feira, 23, a executiva do PT se reuniu para definir o rumo a ser tomado na campanha eleitoral. Depois de muita conversa (ou seria briga?) e nenhum acordo definiu-se um encontro dos principais membros com Alberto e Manoel, juntos. Queriam a reunião para esta terça ou quarta.
Só até quinta. Prazo fatal. Depois dos emissários petistas conversarem com a presidenta do PDT, que em função dos compromissos agendados, foi confirmada a reunião para sexta, no período da manhã. Mas quando o convite chegou a Manoel Marques, ele condicionou sua participação se acontecesse até quinta-feira, antes da reunião com o prefeito.
Cristina Gomes está com a semana lotada. Nesta quarta ela estará em São Paulo, com Alberto que foi convocado como pré-candidato para discutir a caminhada até a convenção. Na quinta-feira, a presidenta não estará folgada.
Quer a pesquisa nas mãos. Mas não são os compromissos que estão impedindo Cristina Gomes de achar uma brecha para reuniões tão importantes. A presidenta não quer discutir nenhum assunto político sem ter os dados da pesquisa na mão dela. Ela aguarda para quinta ou sexta-feira o relatório completo daquela encomendada pelo PDT.
PDT vai e não vai. Caso o resultado dessa pesquisa só chegue às mãos de Cristina na sexta, ela só comparecerá na reunião de quinta se o prefeito Toninho Bellini garantir que levará o relatório da pesquisa que ele disse ter realizado e que mostram Manoel empatado tecnicamente com Alberto. Coisa que ela não acredita.
Segundo, incontestável. O relatório prévio que chegou às mãos da direção do PDT mostra Alberto bem à frente de Manoel. Cristina não se cansa de bradar: “se o nosso candidato é o segundo melhor posicionado em qualquer pesquisa, porque abriríamos para um terceiro ou quarto e que ainda carrega alta taxa de rejeição?”
Estrutura financeira 1. Alberto não abre o jogo, mas nos últimos meses ele tem se dedicado a montar os apoiadores financeiros que lhe permitirá levar ao povo o projeto que ele tem para Itapira. E sempre que pode, diz: “eu não preciso de muito dinheiro. Eu já sou conhecido. Só preciso que o povo saiba que eu sou candidato.”
Estrutura financeira 2. A estrutura financeira de Alberto tem sido apontada pelos adversários como o calcanhar de Aquiles do pedetista, mas existem grupos tradicionais na cidade tanto da área da saúde, como alguns industriais que não escondem a predileção por Alberto Mendes. Um doce para quem advinhar em quem eles investirão?
O PT pode não aparecer. Outro partido que poderá não aparecer na reunião convocada pelo prefeito, nesta quinta, é o Partido dos Trabalhadores. Para a presidenta, não dá para participar sem definir o rumo. Dificilmente, esse rumo estará alinhado e alinhavado até lá.
Luz vermelha. A esperança do grupo que apoia Manoel Marques e não abre era de que quando Toninho Bellini decidisse, PT por conta de Mino e PDT por conta de Orcini correriam e abraçariam o pré-candidato pevista. Se esses partidos não aparecerem ou não derem o apoio esperado, em que situação ficará o prefeito?
Vai voar sozinho. Já Manoel, novamente garantiu a Mino, durante o intervalo da sessão de hoje, que com PDT ou sem PDT, com PT ou sem PT, ele é candidato e está acabado. Quem quiser que corra atrás dele. E mais, se Toninho Bellini voltar na palavra de adiar a reunião, ele não vai esperar mais pelo prefeito. Haja estresse para o Mino!
Segundo plano. Na pesquisa encomendada pelo prefeito, um quesito animou o pré-candidato pevista. O nome Manoel Marques aparece como o preferido como segunda opção, inclusive entre os que declaram voto em Paganini.
Por outro lado. Um petista bem informado, mas que não participou da reunião desta segunda, afirmou que o “PT foi convencido com forte$ argumento$ a abdicar de sua importância histórica, enfiar o rabo entre as pernas e apoiar Manoel (sic)”.
O contrato. Esse mesmo petista, garante que “uma reunião será realizada nesta quarta com o PV para di$cutir a$ ba$e$ do acordo. Contudo, a "coi$a" pode não ser bem assim, há possibilidade de novidades durante a semana (sic)”.
Racha inevitável. A tal possibilidade de novidades referida pelo petista, na nota anterior, deve ter a ver com a tendência do PT em aliar-se ao PDT. Nessa semana deve sair. No PT tem um grupo favorável a Manoel, mas também tem um grupo que nem quer ouvir falar do nome dele. Logo, com o Alberto o partido pode manter-se unido, mas com Manoel, o racha é inevitável.
Em busca de um candidato. A maneira como Martins, vice-prefeito e ex-pré-candidato, foi rolado para escanteio é de fazer qualquer petista enrubescer até ficar roxo de indignação. Não se fala mais dele e hoje saíram a campo para encontrar outro candidato a prefeito.
Quem diria! Essa busca tem uma explicação. Esse candidato seria a saída honrosa para o partido numa eventual negociação. Seja com Manoel, seja com Alberto. O PT teria que indicar pelo menos o segundo nome da chapa. Vão acabar caindo nos braços de Sonia ou amargar o descenso.
Piorou. A tal proposta de ajuda financeira ao PT que teria vindo de Manoel Marques acabou fazendo o feitiço virar contra o feiticeiro. Se antes tinha gente que franzia a testa diante da união com os pevistas, agora rosna e mostra os dentes.
Ao pé do ouvido 1. Durante a sessão desta terça-feira, onde nenhum vereador fez uso do pequeno expediente, durante um intervalor, logo no início, Manoel e Mino bateram um longo papo. Um escuta curioso informou a esta redação, parte da conversa que disse ter ouvido.
Ao pé do ouvido 2. Mino comentava com Manoel sobre a reunião do PT. Manifestou total descontentamento com o que ouviu. Para Mino, será muito difícil convencer alguns membros a mudar de posição. E classificou: pura traição.
Ao pé do ouvido 3. Outro assunto comentado pelos dois ficou com a possibilidade dos outros candidatos cometerem algum deslize e infringirem a lei eleitoral. Manoel garantiu para Mino: “nós estamos de olho, qualquer coisa a gente mata a pau. Eu vou ficar na minha, vou fazer o que eu estou fazendo. Quieto. Deixo os outros falarem de mim.”
Assunto novo mata assunto velho. O terceiro tema foi o enfraquecimento do movimento do PSOL. Manoel gabou-se ao dizer que a ideia dele em pedir ao prefeito para lançá-lo, oficialmente, nesta semana, para colocar outro assunto na pauta deu certo. Fez o povo esquecer os reajustes.
Por pouco não foi embora... Na reunião do PT de ontem, Mino acabou fazendo um discurso quase que emocionado. Dizendo estar cansado, estressado, de não aguentar mais ouvir certas pessoas e declarou: “nem sei se quero ser reeleito vereador”.
PT, um problema para o Mino. Mino tinha várias opções dentro dos partidos controlados por Manoel Marques quando ele ficou sem o PSB. Foi para o PT a convite de Sonia, dentro da estratégia do pré-candidato pevista. Como o partido reluta em se aliar a Manoel, Mino poderá ficar a ver navios.
Mino, um problema para o PT. O grupo que manifesta certa afeição a Manoel Marques está ligado à prefeitura e por respeito ao patrão, tenta acomodar os desejos de Mino Nicolai. Sem Mino, o PT já tinha definido essa parada há muito tempo.
Mino com Alberto, não! Outro petista garantiu que Mino não é o grande entrave no acordo com o PDT. Mino subiria sem grandes problemas no palanque de Alberto. Quem não quer ver isso, de jeito nenhum, é o prefeito Toninho Bellini.
E ainda falam que Munhoz é estrategista. A estratégia de Manoel em empurrar Mino para o PT era para anular a vereadora na câmara, o que acabou dando certo. Assim, como a ideia de lançar Martins era para tirar de Sônia o desejo de ser pré-candidata, o que também deu certo.
Isso não é nada bom! Uma das últimas pesquisas revelou uma informação importante em relação ao prefeito Toninho Bellini. O contingente que classificou a administração belinista como ótimo e bom ficou abaixo da classificação ruim e péssimo que ultrapassou a casa dos trinta e cinco por cento.
Medo do povo? Segundo um observador que frequentou recentemente o gabinete do prefeito Toninho Bellini, o prefeito está dificultando cada vez mais a entrada do povo em sua sala, agora superprotegida por grossas barras de aço.
Medo de povo dá nisso! Alberto Mendes, sempre que tem a chance, conta que quando era secretário levou Toninho Bellini na obra que finalizava no Istor Luppi, para mostrá-lo à população. Um funcionário da prefeitura se aproximou de Alberto e perguntou: “prefeito o senhor me autoriza a realizar tal serviço?” Alberto, calmamente, respondeu: ”autorizo, mas o prefeito é ele”, apontando para Bellini.
O medo do PSOL. Para alguns integrantes do PSOL o fato da Rádio Clube abrir espaço para outros partidos que frequentam a galeria da câmara e não dar ao PSOL a mesma atenção, nada mais é do que o medo que o presidente da câmara tem do partido recheado de jovens.
O próximo passo. Enquanto os vereadores imaginam que o movimento contra o reajuste enfraqueceu, houve apenas mudança nos planos. Agora a luta é conseguir mais de 2,7 mil assinaturas para a proposição de um projeto popular.
O medo do descaso. Paganini comentou com esta redação de que todos os dias houve a mesma ladainha. Perguntam se ele vai fazer a mesma coisa que Toninho Bellini fez com as ajudas do deputado Barros Munhoz: dar as costas.
Paganini mais do que depressa responde: “olha minha senhora, meu senhor, se depender de mim o deputado não vai ter tempo nem para dormir. Se eu não pegá-lo durante o dia, o telefone dele, à noite, vai tocar até ele atender e se precisar ir para São Paulo logo de manhã. Lá estarei. Itapira não vai perder mais nada.”
O povo quer mais. Paganini garantiu, também, que tem ouvido muito pelas ruas que o candidato que ignorar a importância do Deputado Barros Munhoz no cenário estadual e nacional e como isso pode resultar em prejuzo para a cidade, certamente terá sua chance diminuída.
Cristina na TVPCI. A presidenta Cristina Gomes participou do programa Conversa de Gente Grande e respondeu com muita elegância todas as perguntas formuladas. Não se esquivou de nenhuma delas.
Mas democracia é assim, basta dar vez e voz, que o povo fala. O Dropes recebeu as seguintes colocações a respeito da presidenta do Sindicato dos Servidores Municipais:
Ela estava totalmente armada para evitar passar como conivente com tudo o que acontece ou aconteceu nestes oito anos, portanto ela ficou com um pé atrás claro, não podemos esquecer que ela é sindicalista, e esta preparadíssima para qualquer situação.
2) Sobre as agentes comunitárias de saúde, que ela pouco falou, todas elas tiveram que pedir demissão e fazer o concurso, das que estavam originalmente, muitas não conseguiram entrar, resguardadas agora por ser um emprego publico. Elas poderiam através da EC 51 e do decreto ou lei municipal que foi publicado, ter seus empregos resguardados de forma legal.
3) Corre processo da sindicalista, contra o jornal Gazeta por calunia e difamação, pois o jornal publicou reportagem sobre os familiares dela que trabalham no sindicato, quanto a isto, atualmente não sei a situação, mas até algum tempo atrás era facilmente verificável que isto ocorria, Nepotismo nos órgãos públicos não pode, já no sindicato...
Mentira, não houve caixa de sugestões em nenhum local. Basta perguntarem em qualquer lugar e verão o porquê das categorias Guardas Municipais e Professores se manifestarem e serem melhores representadas pelo sindicato?
Prezados Internautas
Os informantes desta coluna integram todos os matizes políticos da cidade.
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PCI garante às pessoas citadas o direito de resposta. Para isso, basta que enviem email com a manifestação desejada para: [email protected].
A coluna não é porta-voz da verdade absoluta. Limita-se a democratizar a informação política que corre pela cidade. Usa o bom-humor como recurso redacional, sem apelar para as agressões gratuitas ou preconceituosas ou tendenciosas.
Nino Marcati, da Redação do PCI.
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