O presidente da mesa diretora da Câmara Municipal, Décio da Rocha Carvalho (PSB), foi rápido no gatilho e sacou no prazo de sete dias uma carta de advertência aos dois vereadores que se estranharam na sessão anterior e delineou a conduta futura de todos os edis.
Ao advertir os dois vereadores, o presidente assumiu o compromisso público que os dois, em caso de reincidência, poderão ser punidos com penas mais severas e poderá levá-los a um processo de cassação, na reincidência, sem excluir os demais membros das suas conjecturas. O gesto estabeleceu um processo que em caso de novos desrespeitos e quebra de decoro, haverá a prevalência da isonomia.
A demora da presidência da mesa em tomar providências de acordo com a legislação pode ser entendida como uma liberalidade consentida coma esperança de que seus membros se adequassem com as conversas ao pé do ouvido ou pela pressão da sociedade. Não deu. Fomos para as vias de fato. A tolerância e a esperança da presidência se mostraram insuficientes para colocar ordem na casa. Descobriu-se que os vereadores apesar da investidura do cargo levam para a câmara os seus anseios pessoais, as suas anormalidades intelectuais, emocionais e sociais, as suas pretensões e as suas frustrações. É por conta de tantas divergências de comportamento que as sociedades civilizadas descobriram a necessidades da criação de normas e regulamentos. Não somos diferentes.
A atitude do presidente Zé Branco não deve ser vista como uma ação autoritária. Ele prescreveu aos dois vereadores envolvidos a mesma dose do remédio, reconhecendo que a reação física pode advir como consequência aos gestos, ironias, gritos exagerados, uso indevido de aparelhos eletrônicos, entendendo que não haverá agressão enquanto as provocações se circunscrevem ao campo político. Finalmente, ao manter a casa que representa o povo de Itapira dentro da ordem e do respeito o presidente apenas cumpre as obrigações regimentais.