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Itapira, 23 de Novembro de 2024
Notícia
19/08/2011 | Entrevista: Alberto Mendes

Quando o pré-candidato Alberto Mendes foi convidado para esta entrevista, o canal de vídeo, TV PCI, do Portal Cidade de Itapira já estava em processo final de desenvolvimento, mas ainda não era possível saber a data correta para entrar em funcionamento. Por isso, o convite foi semelhante aos demais entrevistados.

Como nesta semana, a maioria dos aparatos técnicos estava satisfatória, consultamos o pré-candidato sobre a possibilidade de gravarmos em vídeo. Propomos o envio antecipado das perguntas, para que ele pudesse se preparar antecipadamente. Informamos que outras perguntas poderiam ser feitas, fora do roteiro, em função das respostas que ele desse, mas que lhe seria reservado o direito de não responder, em caso de preferência.

Todas as perguntas foram respondidas, inclusive as adicionais. Ao ouvir as respostas gravadas e as abaixo relacionadas, o internauta perceberá diferenças, tanto em conteúdo, como na quantidade de perguntas e respostas. O texto abaixo foi fornecido pelo candidato.

O critério adotado para o pré-candidato Alberto Mendes será extendido aos demais que vierem a participar das gravações. Haverá uma fase onde esse procedimento será adotado. Numa segunda etapa, as entrevistas continuarão gravadas, porém as perguntas não serão antecipadas. E, finalmente, todas as entrevistas da área política serão ao vivo, também sem antecipação dos temas. Agindo dessa maneira, o Portal Cidade de Itapira acredita que contribuirá para a evolução da discussão política e dos candidatos a candidatos. Espera de todos a disposição democrática. 

Aguarde. Você vai se surpreender com as novidades que o Portal Cidade de Itapira vai lhe oferecer.

Para assistir a gravação da entrevista com Alberto Mendes. Clique aqui!

As perguntas foram formuladas por Nino Marcati (PCI) e Beto Coloço (A Cidade). Na gravação, além de Nino e Beto, Renato Silva reforçou a equipe como entrevistador. O apoio técnico esteve a cargo de Anderso Adami e Murilo Abreu. As fotos foram tiradas por Beto Coloço.

ENTREVISTA:

NM – Alberto, você participou da campanha em 1988 e foi eleito. Você integra o seleto grupo dos oposicionistas que foram durante malhados por Barros Munhoz. Nesse grupo estão: Casimiro, Noé Massari, Toninho Bellini, Sonia Santos, Manoel Marques. É claro que a competência de todos é que chamou a atenção para os perigos que vocês representavam. Tal metralhadora acabou tornando vocês conhecidos e eleitos. Como você analisa esse processo? Você lhe dá um pouco desse crédito? Se positiva a sua respostas, no lugar dele você faria a mesma coisa ou procuraria ignorar o máximo possível para não criar cobra?

Alberto Mendes - Essa pergunta precisa ser desmembrada. Realmente fui candidato e eleito vereador em 1988.  Sempre fui oposicionista ao grupo do Munhoz e acredito que até hoje mantive minha coerência. O Casemiro, de saudosa memória, e o Noé viraram situacionistas.  O Toninho Bellini nunca chegou a ser um oposicionista, assim como o Manoel. A Sonia sim, sempre foi e é oposicionista.  Temos que admitir que pela minha atuação e mais as pancadas que o Munhoz deu em mim, me tornou bem mais conhecido. Em certos momentos você precisa usar a inteligência e eu não faria isso com ninguém.

NM – Há quem acredite que a estratégia dele eram outras: ao levantar a bola de um despertava a ciumeira nos outros e a consequente desagregação do grupo e a necessidade que ele tinha em estabelecer a dicotomia Céu e Inferno, com ele sempre nas alturas evidentemente. Como um dos participantes desse processo, você concorda com essas teses?

Alberto Mendes - Bom, que ele sempre quis os holofotes e sempre os quererá, é da índole dele. Sobre levantar a bola de um e provocar ciumeira nos outros, nunca existiu. Ele sempre bateu e baterá em quem atravessar o seu caminho. Já diz uma velha sabedoria popular que: “o lobo perde o pelo mas não perde o viço”. Portanto, concluindo, não concordo.

NM – Por que você não foi candidato a vereador ou prefeito em 1.992?

Alberto Mendes - Eu não fui candidato a prefeito e nem a vereador em 1.992, porque o Noé Massari que era presidente do PSDB na época, partido em que estava filiado, passou para o lado do Munhoz e conseqüentemente vendeu o partido.


NM – Em 1996 faltaram 24 votos para você ser diplomado prefeito. Dionísio teve 1907 votos. Você acredita que a chapa PSD/PV tirou-lhe a cadeira municipal? Estariam esses partidos acordados com a chapa vencedora?

Alberto Mendes - Não foram 24 votos e sim 46 e certamente os votos que a chapa PSD-PV recebeu poderiam ter mudado o resultado da eleição. Sobre acordos eu pergunto: Onde está o Dionísio?  E o falecido Bonfá?  Acabou a eleição e logo estavam ao lado do Munhoz, ocupando cargos de grande relevância.  Quanto ao Manoel, ainda não consegui tirar uma conclusão.

NM – Seus parceiros atribuíram a sua derrota à recuada que você teria dado no final da campanha, deixando de comparecer em compromissos agendados, passeios em bairros, visitas às indústrias. Isso é verdade? Você considerava a eleição ganha?

Alberto Mendes - Isso é conversa de aleijado que põe a culpa na muleta. Não deixei de cumprir com todos os meus compromissos, visitando bairros, indústrias e sessões eleitorais no dia da eleição. Perdemos porque perdemos e a única coisa que sei e me lembro é que nunca vi Itapira tão frustrada.

NM – Foi a eleição que Bebeto disputava e foi substituído por Totonho Munhoz. Você se sente responsável pelo retorno dele ao comando do executivo municipal?

Alberto Mendes - Não. O fato é que houve uma disputa e Munhoz saiu vencedor. Apenas isso. As pesquisas na época davam larga vantagem para o nosso grupo. Munhoz percebendo que perderia o poder com a candidatura do Bebeto, veio e se candidatou. Com relação ao seu retorno, todos sabemos que ele sempre esteve à frente da prefeitura, fosse quem fosse o prefeito.

NM – Comenta-se e, provavelmente, esse assunto poderá chegar na campanha, de que você para conseguir dinheiro fez um arranjo com Ézio Levatti para financiar um veículo que era dele, cujas prestações seriam arcadas por você. Mas passado certo tempo, Ézio foi surpreendido com uma ação de cobrança. Esse fato teria levado Levatti a procurar a sua ex-mulher, já que segundo esses comentários, você não era encontrado com facilidade, que depois de uma boa confusão, a dívida foi quitada e o veículo salvo. Você poderia nos esclarecer sobre essa história?

Alberto Mendes - Não houve confusão alguma. Na reta final da campanha de 1996 nós estávamos sem dinheiro e o Ezio ofereceu-se para financiar a sua camionete para cumprirmos com os compromissos da campanha, ficando eu o responsável pelo pagamento das parcelas. Não houve ação de cobrança e honrei todos os pagamentos. Tenho os recibos até hoje.

NM – Em 2000, você foi novamente candidato e dessa vez Totonho Munhoz teve mais votos que você e Mello Sartori, juntos. Você diria que o Dr. Mello teria entrado na eleição só para te atrapalhar? Com que interesse?

Alberto Mendes - Ele não entrou para atrapalhar. O que houve foi um jogo de vaidades por parte de alguns integrantes do PSDB que inviabilizaram a coligação com o nosso grupo e eles acabaram tendo uma votação que não interferiu no resultado.

NM – Muitas pessoas acreditam que você deveria ter sido o candidato do Novo Tempo de 2004. Diz-se que a sua vitória poderia ser mais consistente. Você concorda com esse pensamento? Passa pela sua cabeça de que a sua grande chance de entrar para história ficou em 2004?

Alberto Mendes - Realmente poderia ser sido o candidato mas não era o momento, então abdiquei dessa idéia porque tinha problemas de ordem familiar para solucionar.  Sobre a grande chance eu acredito que ela vem agora, até porque estou mais preparado.

NM – Você poderia ter sido candidato a vereador em 2008, com chances de vitória. Por que não se apresentou?

Alberto Mendes - Porque minha decepção com o Governo Novo Tempo foi tão grande que não me senti estimulado a participar naquele momento de qualquer atividade política.

NM – Tem outro comentário e esse eu posso declinar o santo. O ex-vereador Dinho Pompeo, de saudosa memória, me contou que a seu pedido ele tentou selar um acordo entre você e o deputado Barros Munhoz no sentido de atrapalhar a reeleição de Toninho Bellini e que a sua pedida era uma participação no governo do futuro prefeito. Ou seja, se verdadeira essa história, você usaria a mesma arma que teria sido usada contra você. Mas Dinho fez questão de esclarecer, Barros Munhoz nem quis ouvir a proposta toda. Você sabia desse comentário. O que existe de verdade nele?

Alberto Mendes - Pena que ele não esteja mais vivo para confirmar. A grande verdade é que me encontrei com o Dinho, em frente à sede do Circolo Italiano, e ele me propôs uma aliança com o Munhoz para derrotar o Toninho Bellini.  Na ocasião eu respondi a ele que se me visse abraçado com o Totonho, poderia apartar porque era briga. O mesmo digo hoje. Relacionamento institucional é uma coisa, pessoal e político, é outra.

NM – É clarividente que o Novo Tempo chegou ao poder em 2004 com alguns objetivos, como por exemplo, retomar o controle do SAAE e tentar apagar algumas marcas do governo passado. Em pouco tempo foi possível perceber que o grupo não tinha um projeto de poder, diretrizes políticas consistentes. De cara, eu isento Toninho Bellini dessa responsabilidade, ele não tinha e não tem pegada política, mas lá estavam você, Sonia Santos e Manoel Marques. O que foi que aconteceu que impediu a formação de um projeto político consistente?

Alberto Mendes - A convergência ao nome de Toninho Bellini se deu em torno de um amplo projeto político e administrativo, do qual participaram inúmeros partidos e suas lideranças. Porém, nós não esperávamos que o prefeito Toninho Bellini fosse se omitir tanto e deixado de resolver os problemas da cidade, atribuindo ao secretário de Governo Manoel Marques as funções que deveriam ser dele.  Isso fez com que os projetos administrativos traçados em campanha fossem relegados ao segundo plano. Isentar o Toninho é bondade de sua parte, pois ele é o maior culpado de tudo isso, prejudicando completamente a realização do que estava planejado.

BC – Você foi um dos primeiros a deixar o Governo Novo Tempo, na época, alegando que não compactuava com os rumos que vinha tomando tal administração, principalmente em relação às terceirizações da coleta de lixo, da merenda escolar e do transporte público. Tendo em vista que você era parte integrante do grupo quando da contratação destas terceirizadas, o que o levou a mudar de idéia logo em seguida?

Alberto Mendes - Eu não compactuava e nem compactuo com as terceirizações. É fundamental dizer que quando assumi a Secretaria de Serviços Públicos já havia sido assinado um Contrato Emergencial com a Sanepav e eu desconhecia o teor, já que não fui consultado em momento algum. Eu não mudei de idéia, até porque acreditava que aquilo era emergencial.   Quando percebi que estavam estendendo diversos serviços ao contrato, questionei sobre essa necessidade, uma vez que os serviços vinham sendo executados a contento pela prefeitura. Diante da determinação superior, resolvi então pedir a minha saída do Governo.

BC – Por que até hoje, você não esclareceu os motivos que o levaram a deixar o governo Novo Tempo?
Alberto Mendes - Eu já esclareci os motivos anteriormente, inclusive para o Jornal Cidade, em matéria publicada há algum tempo e o principal deles respondi na pergunta anterior.  Aconteceram outras situações graves, tais como ingerências e boicotes em relação à minha pasta. Por isso achei melhor encerrar as minhas atividades junto a Administração Municipal para não me queimar junto com eles.

NM – Por que você conhecendo todas as irregularidades dos contratos e dos acertos extras, como você já insinuou, demorou três anos para denunciá-las? Você fez isso em nome da governabilidade como confessou a vereadora Sonia Santos?

Alberto Mendes - Primeiro que eu não conhecia as irregularidades nem o teor dos contratos. Segundo não falo nem insinuo sobre o que não tenho provas, cabendo isso ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas. Eu não fiquei três anos pela governabilidade, mas sim por uma tarefa que precisava ser cumprida e bem cumprida. Isso tenho certeza que fiz. Governabilidade é um assunto para a vereadora Sonia.

NM – Você diria que em nome da governabilidade, a ética e a honestidade podem ser jogadas de lado?

Alberto Mendes - Absolutamente. Governabilidade, ética, honestidade e respeito com o dinheiro público devem andar juntos. São premissas fundamentais para o sucesso de uma administração eficiente e realizadora.

BC – Você foi o primeiro a declarar sua pré candidatura a prefeito em 2012, mas sinceramente, diante do cenário atual – a força do deputado Barros Munhoz e a influência de Manoel Marques sobre alguns possíveis aliados – você realmente acredita que ela irá decolar?

Alberto Mendes - Nós já decolamos. Prova disso é a constante abordagem por parte dos eleitores quando vou a qualquer lugar. Além disso, tem crescido o interesse dos meios de comunicação em saber o que pretendemos. Como se diz na gíria futebolística, time que quer ganhar campeonato, não pode escolher adversários. Esse é o meu caso. Estou com o firme propósito de ganhar o campeonato, seja qual for o adversário. Concordo que a força do Deputado Barros Munhoz é grande, porém estamos vendo que a influência de Manoel Marques não é tudo isso, tendo em vista as diversas baixas de partidos e aliados em suas fileiras. Logo posso dizer que se houver qualquer polarização, essa acontecerá entre a candidatura do grupo de Munhoz e o nosso.

NM – O que interessa numa eleição, para os eleitores, é que seja eleito o melhor candidato. Você se considera o mais experiente e o mais preparado para esse posto? Qual seria a espinha dorsal do seu governo?

Alberto Mendes - Olha que interessante. Anteriormente vocês me perguntaram se minha candidatura iria decolar. Agora vocês me perguntam qual seria a espinha dorsal do meu governo. Obrigado pela confiança. Os eleitores querem ver e ouvir propostas concretas de governo, isso é fundamental. Hoje, estou muito bem preparado para administrar Itapira.  Ao longo do tempo fui buscando elementos e conhecimentos que poderão ser aplicados em nossa cidade sem qualquer problema. A espinha dorsal do meu governo será a modernização da máquina administrativa, buscando maior eficiência em todas as áreas. Para isso a prefeitura deve ser equipada e as equipes de trabalho motivadas e devidamente capacitadas. Nosso olhar mais preocupado hoje está nas áreas da Saúde, Segurança, Educação e Promoção Social, embora todas as áreas sejam igualmente importantes.

BC – Falo isso porque parece uma incógnita. Ignorando o fato que o deputado virá como um rolo compressor nesta campanha e que muito provavelmente irá despejar um caminhão de dinheiro nesta empreitada, o que mais me chama atenção, ainda é a disputa entre vocês, antigos integrantes do Novo Tempo. Explico: é fato que o PC do B só apóia sua candidatura se Manoel Marques não estiver no time. Por outro lado, vejo poucas chances de derrotar o candidato do Munhoz se estiver Manoel e Bellini para um lado, você e Sônia para o outro, por exemplo. Como vocês pretendem resolver esta questão?

Alberto Mendes - Acredito que você esteja equivocado. Repito que se dinheiro ganhasse eleição, o deputado não teria perdido as duas últimas eleições municipais e lembre-se, numa delas sua esposa é que era a candidata. O que os outros partidos pensam é também a minha opinião. Se nós pretendemos uma candidatura alternativa aos grupos de Munhoz e Bellini, você não acha um contra-senso nos alinhar com algum dos dois? Portanto, não há questões a resolver nesse particular.

BC – Ainda falando sobre eleição, se comentava que você não teria a legenda e a presidente do PDT, Cristina Gomes já adiantou que a legenda está garantida. Depois disseram que vocês não teriam dinheiro para a campanha. A falta de recursos poderá ser um entrave para a decolagem da sua campanha ou você considera que existem outros fatores que possam prejudicá-la?

Alberto Mendes - O grande problema em Itapira são os boatos, principalmente aqueles originados nas fileiras dos que não estão conseguindo se articular. Sempre confiei e confio na Cristina, tinha convicção da legenda não só pela Executiva Municipal, como também pela Executiva Estadual, que inclusive esteve presente em nossa Convenção no final de julho para ratificar nossa pré candidatura. Sobre recursos, parece-me que estão mais preocupados do que eu. No momento certo e na hora certa esse assunto será devidamente tratado.

BC – Uma hipótese. Caso você seja eleito, como resolveria estas questões que tanto critica? Qual sua experiência em relação a estes assuntos?

Alberto Mendes - Se você lembra do discurso que proferi na Convenção do PDT, ali estão inseridas algumas metas que pretendemos alcançar. A maior dela e a modernização da máquina administrativa, tornando-a eficiente de verdade, o que fará com que não precisemos de terceirizações. A experiência como disse acima, tem sido buscada em diversas fontes tais como as administrações municipais do PDT na região e diversas políticas públicas aplicadas recentemente, onde estamos absorvendo o que há de bom para aplicá-las aqui. É complexo, mas não é difícil, basta colocar o interesse público acima de todas as coisas.

BC – As pessoas que não o conhece pessoalmente, geralmente têm uma idéia que você é arrogante ou pelo menos não muito popular. Corre até o boato de que você não gosta de estar entre o povo, isto é verdade?

Alberto Mendes - Essa foi uma das injúrias colocadas contra mim pelo Deputado Barros Munhoz. O que sou é uma pessoa séria e também sou popular, tanto isso é verdade que a cidade inteira me conhece. Dizer que eu não gosto do povo é mais um boato dos adversários, que já estão com medo de nossa decolagem.

BC – Você costuma falar sobre as suas experiências místicas e religiosas. É ou era presidente de uma instituição cristã. Você diria que a participação em uma determinada religião é um componente fundamental para um bom administrador? Você acha que a sua preferência religiosa vai ajudar ou pode atrapalhar os seus planos?

Alberto Mendes - Sou presidente da Paróquia Divino Espírito Santo e São Carlos, no bairro Istor Luppi, onde inclusive, recentemente, instalamos a Escola de Caridade, que oferece cursos de capacitação profissional à população carente. O componente religioso pode ser importante no Oriente Médio, no Brasil, dada a sua diversidade cultural, quanto mais plural você for, melhor. Eu não costumo misturar as coisas. A minha crença e a minha religião são de meu fôro íntimo. Respeito todas as religiões e tenho amigos evangélicos, espíritas, umbandistas, entre outras, e por respeitar, também sou respeitado, acreditando firmemente que todas as religiões levam a um só caminho: Deus.  Portanto, religião não irá atrapalhar meus planos, pelo contrário, só ajudará.

BC – Ainda é muito cedo para falar em plataforma de governo, inclusive iremos abordar estas questões nesta sessão na hora oportuna, mas você poderia adiantar alguma no sentido de quais seriam suas prioridades para Itapira, ou melhor, em sua opinião, do que mais carece o município?

Alberto Mendes - Engano seu. Já está tarde demais, tanto que nós estamos iniciando o contato com diversos segmentos da sociedade itapirense buscando idéias e alternativas para a elaboração de um Plano de Governo que atenda a toda a população. E faremos isso de forma absolutamente democrática e transparente. Volto a dizer que no meu discurso na Convenção do PDT, muita coisa já foi dita do que o partido pensa e nós iremos por esse caminho, lembrando que atualmente as maiores reclamações da população estão nas áreas da Saúde, Segurança, Educação e Promoção Social.

NM – Nessas alturas são quatro candidatos contra aquele que vai representar o grupo de Barros Munhoz. Mantido esse número, você acredita na sua vitória? Você acha que conseguirá romper a barreira dos votos historicamente totonhistas?

Alberto Mendes - Lógico que acredito. Quando a população tomar conhecimento de nosso Programa de Governo verá que é possível tornar Itapira uma cidade muito mais desenvolvida e progressista sem aumentar impostos e administrando o dinheiro público com respeito e responsabilidade.

BC – Há cerca de um ano e meio atrás você nos concedeu uma entrevista onde declarou que se preciso fosse, colocaria o melhor terno e iria até o deputado Barros Munhoz em busca de recursos para o bem de Itapira. Você continua com este pensamento?

Alberto Mendes - Qualquer administrador público responsável e preocupado com os problemas de sua cidade tem a obrigação de buscar recursos onde quer que estejam. No nosso caso, pela votação aqui recebida pelo deputado Munhoz, ele vai querer ver o capeta para não me ver, pois encaminharei todos os pedidos necessários para que ele ajude Itapira.  Porém, quero deixar claro que se eu pedir e ele negar, aí a cobra vai fumar.

NM – O que é mais importante para você, aquilo que você poderá oferecer ao povo de Itapira com as suas próprias iniciativas ou tudo o que você poderá conseguir buscando recursos onde quer que eles estejam?

Alberto Mendes - As duas coisas são importantes e será isso o que faremos. Apresentaremos propostas de iniciativa própria, baseadas no Plano de Governo Participativo e nos recursos obtidos junto aos governos Federal e Estadual.

BC – Para finalizar, uma pergunta que não quer calar: qual a possibilidade de vermos juntos novamente, até outubro de 2012, àqueles outrora responsáveis por forjar a base do governo Novo Tempo: Alberto Mendes, Toninho Bellini, Valentim Valério, Manoel Marques, Sônia Calidone dos Santos, Beto
Trevellin. De zero a dez, qual esta chance?

Alberto Mendes - Para finalizar, quero agradecer a vocês, do Jornal A Cidade e do Portal Cidade de Itapira, em meu nome e dos demais companheiros que estão comigo nesta luta, a oportunidade de apresentarmos nossas idéias iniciais sobre as eleições do ano que vem. Eu acredito já ter respondido essa pergunta anteriormente. Mas vamos lá. Se nós estamos apresentando uma alternativa à população como terceira via, você não acha incoerente nos alinhar com Toninho Bellini, Manoel Marques, Valentim Valério?  O Beto Trevelin é da Executiva do PDT e dissidente desse Governo há muito tempo, portanto nem cabe resposta. A Sonia por ser opositora, se entender que deve nos apoiar, a receberemos com grande honra em nossas fileiras. A verdade é uma só: Nós queremos o melhor para Itapira e é para isso que vamos lutar com todas nossas forças.
 

Fonte: Da Redação do PCI

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