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Itapira, 26 de Junho de 2024
Notícia
12/02/2014 | Javali Europeu: do limão a uma limonada

 

 

 

 

A desenfreada e perigosa expansão do Javali Europeu têm causado grandes preocupações e incontáveis prejuízos a grande parte do meio rural brasileiro. Apesar desta espécie exótica e invasora estar presente no território nacional há quase vinte anos, somente no ano passado foi regulamentado, com a publicação da Instrução Normativa Nº 3l  do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, o controle do Javali com armas de fogo em todo o Brasil, sem limite de quantidade e em qualquer época do ano.

 

A partir deste ato legal vem crescendo pouco a pouco o número de interessados em auxiliar no controle deste invasor que dentre os riscos e prejuízos estão a destruição de lavouras e rebanhos, ataques a seres humanos e animais domésticos, transmissão de doenças (para animais e humanos) e extermínio de espécies animais e vegetais nativas, além de participar diretamente no desencadeamento de processos erosivos e alterações em cursos d’água.

 

Face a este grande problema enfrentado diretamente pela população rural surge uma questão: porque não transformar o problema do Javali em uma alternativa geradora de ganho econômico às populações rurais atingidas.

 

A ideia seria utilizar o modelo internacional baseado no turismo de caça. A caça é uma atividade econômica como qualquer outra. E é importante. Apenas a caça esportiva (um dos rubros econômicos da caça) foi praticada por 13,7 milhões de americanos em 2011 que gastaram US$ 43 bilhões de dólares para praticá-la. Uns 85% deles caçou animais grandes. De cada 100 dólares do PBI dos EUA, um é fornecido pela caça e pela pesca esportivas.

 

O controle do Javali, que não deixa de ser uma espécie de caça, pode vir a ser uma atividade muito rentável para muitos proprietários de terras, mesmo pequenas propriedades, algumas mesmo com baixa vocação para a agricultura ou a pecuária. A partir de uma simples estruturação voltada ao receptivo destes “turistas” e, consequente, geração de um apoio à atividade, como alimentação, hospedagem, fornecimento de auxiliares e guias de campo, cavalos etc, um grande ato gerador de ganho social e econômico pode ser desencadeado.

 

Está internacionalmente provado que cada “turista/caçador” usualmente está disposto a pagar valores importantes por estes serviços. Toda essa atividade é obviamente controlada pelos serviços especializados do Estado. Uma alternativa de transformar o crescente problema do Javali Europeu, um invasor que parece não poder ser detido, em uma solução alternativa de emprego e renda as populações rurais.

 

 

*Alvaro Barcellos Souza Mouawad é Caçador, empresário de turismo de caça no exterior e dirigente de uma ONG ambientalista, a Sociedade Brasileira para Conservação da Fauna.

Fonte: Alvaro Barcellos Souza Mouawad

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