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Itapira, 26 de Novembro de 2024
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29/05/2012 | Luiz Santos: Vida Plena – Parte 2

 “...eu vos escolhi para irem e darem fruto.” (Jo 15.16).

A vocação cristã não é um fim em si mesmo. Ninguém foi salvo para si mesmo. O chamado para o cristão comporta uma vocação universal: A santidade. Reclama uma vocação específica: A Missão. Quando um cristão não possui clara consciência da finalidade de sua estada em Cristo, ainda que ele seja um homem devotado e piedoso, não demorará muito, crises de fé sobressaltarão a sua vida.

A falta de um compromisso mais efetivo e esclarecido de seu pertencimento na Igreja o arrastará para uma preguiça e uma estagnação espirituais que logo roubarão a alegria e o sentido de tudo o que ele diz crer, esperar e celebrar na Igreja. Não é à toa que existem muitos irmãos nossos na fé alienados, ressentidos, vazios, azedos e infantis na fé. Tudo o que sabem fazer é murmurar e criticar com acidez toda e qualquer proposta e iniciativa na vida comunitária. São pródigos em reclamar da vida, possuem uma visão acinzentada da própria história, tem aquela sensação permanente que sempre há algo de muito errado em sua vida e nunca estão satisfeitos com a maneira como Deus conduz todas as coisas.

Cristãos assim, que não são difíceis de serem encontrados, tem quase sempre uma coisa em comum: Suas vidas são inúteis para Deus! Inúteis para os irmãos! Inúteis para o mundo! São como o mar morto, não obstante receberem água em abundância e de boa qualidade o fato de reterem esta água e não distribuir e compartilhar torna-a insalubre, sem vida, sem utilidade. E, assim com o mar morto não passam de uma atração para os transeuntes, contudo sem comunicar qualquer benefício real e transformador.

Uma vida plena de sentido é uma vida dedicada a Deus, aos seus propósitos e comprometida com o seu projeto redentor. Bernardo de Claraval, cristão exemplar e escritor profundo do século XII sintetizou numa sentença tal dedicação: “Os interesses de Deus são os meus interesses.

Só há um meio para que um cristão viva esta realidade: comprometendo-se num ministério, assumindo sua missão no mundo. A placa de “Há Vagas” nunca é retirada das portas do Reino e nem da Igreja. Existe uma enorme necessidade de operários na seara do Senhor. Há vagas para pregadores, contadores de histórias, professores de Bíblia, missionários, pastores, consoladores, administradores...  sonhadores e visionários são bem vindos!

Mas há requisitos indispensáveis: que todos sejam testemunhas qualificadas, homens e mulheres que busquem a aprovação de Deus, que manejem bem as Escrituras (2Tm 2.15), que possuam a mente de Cristo (1Co 2.16), que tenham os mesmo sentimentos de Jesus (Fp 2.5), que sejam discípulos com o coração queimando como os de Emaús (Lc 24.32),  que possuam um só coração e uma só alma (At 4.32).

Vidas comprometidas são vidas abundantes no Senhor, sua medida está sempre cheia, sacudida, calcada e transbordante (Lc 6.38). As tribulações e as cruzes sempre existem, contudo o exercício da piedade e a capacitação dada por Deus quando de nosso sim ao seu chamado para um ministério, dá-nos a faculdade espiritual de integramos estes sofrimentos e estas cruzes em nosso processo de maturidade e santificação. Passamos a discernir que estes são apenas um dos lados da moeda do modo como Deus nos ama, como filhos legítimos (Hb 12. 5-10).

O segredo para uma vida plena é o engajamento efetivo e afetivo em um ministério. É assumir a missão transformadora do Reino como fermento no meio da massa. É viver o testemunho de Cristo em família, no trabalho, na escola, na comunidade, na Igreja. É fazer-se útil nas mãos de Deus para tocar vidas com o amor restaurador e transformador de Jesus.

Há um ditado assim, quando o cachorro está ocioso em sua casinha não se cansa de coçar importunado pelas pulgas. Um cachorro quando está na caçada, sequer lembra que suas pulgas existem.

Mutatis Mutandis”, a nossa vida é exatamente assim. Livremo-nos de tudo o que nos embaraça, corramos a corrida que nos é proposta (Hb 12.1), tendo os olhos fixos em Jesus! Deixe-se fazer um instrumento nas mãos de Deus e viva feliz.

Reverendo Luiz Fernando

Pastor Mestre da Igreja Presbiteriana Central de Itapira

Fonte: Luiz Santos

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