Para muitas pessoas pensar no envelhecimento ou estar envelhecendo é algo bastante difícil. Existem pessoas que passam a vida negando e ignorando este processo, mesmo sendo um processo que ninguém vai escapar, e não adianta ignorá-lo como se ele não fosse tão certo.
A OMS ( Organização Mundial de Saúde) considera a terceira idade a partir de sessenta anos, quando então há necessidade de a pessoa receber mais atenção, ante as transformações fisiológicas que começam a se acentuar. O artigo 2º, da Lei 8.842, de 04.01.94, reconhece o limite estipulado pela OMS de idade limite inicial para a terceira idade no Brasil.
É facilmente notável o fato de a população idosa ter crescido exponencialmente nas últimas décadas, os dados comprovam o que estou escrevendo. Em 1991 o número de idosos no país era de cerca de dez milhões, hoje este número é cerca de 15 milhões e em 2020 estima-se que será em torno de 30 milhões de idosos. O lado triste dos dados é a falta de respeito pelas pessoas que se encontram nesta faixa etária, ou seja, não está aumentando na mesma proporção. Na área de saúde, a maior parte das ações de Saúde Pública e de Bem Estar Social são dirigidas aos cuidados preventivos e/ou terapêuticos, destinadas ao desenvolvimento da criança e da gestante. As ações dirigidas aos idosos são restritas a diagnósticos das enfermidades exuberantes e ao tratamento prioritário dos sintomas mais incômodos destas. Pouco é feito para prevenir problemas sérios como a depressão, a principal responsável pela busca por ajuda na população idosa, principalmente pelo sentimento de inutilidade que acompanha o avanço da idade.
Uma maneira dos profissionais da saúde ajudar os idosos a não se marginalizarem é informar sobre o que realmente atrapalha a qualidade de vida deles. Se conseguirmos proporcionar saúde e recursos á população idosa, aumentaremos suas verdadeiras chances de independência e autonomia, ajudaremos a encontrar um equilíbrio entre suas limitações e potencialidades.
Por outro lado, a medicina e a indústria farmacêutica apresentam grandes avanços em tratamentos antienvelhecimento, hoje estes tratamentos preventivos estão sendo cada vez mais procurado por pessoas idosas e também por pessoas na faixa dos 40 anos, que começa um tratamento médico para envelhecer bem e melhor.
No entanto, apesar da eterna juventude ser um exagero dos sonhos, é importante fazer alguma pesquisa antes de começar qualquer um destes inúmeros tratamentos disponíveis, para evitar de cair em situações que não tem caráter científico.
Creio que de nada adianta o uso de inúmeras substâncias químicas ou mesmo fitoterápicas e naturais, cirurgias plásticas, tratamentos estéticos, e outros, sem a intervenção conjunta e simultânea em cada área que interfere na Saúde, na Estética e na Qualidade de Vida do Ser Humano: Saúde Física, Emocional, Espiritual, Social e Mental. Cada um pode e deve procurar urgentemente um tratamento antienvelhecimento, e ficar bonito e saudável com a idade que tem independente da idade cronológica, mas com sua verdadeira idade biológica. A ciência nos prova a cada dia ser possível atuar na idade biológica por meio da escolha de um estilo vida saudável, atividade física moderada, alimentação balanceada, uso de medicamentos prescritos por médicos especialistas na área, para que os idosos possam ter uma vida plena com relacionamentos prazerosos e gratificantes.
Devemos lutar por dias melhores para os idosos para que todas estas vantagens não fiquem restritas a um público mais elitizado, precisamos de ações e atitudes iguais para todas as camadas sociais, para que o idoso possa ter uma vida de dignidade e bem-estar, independente de sua condição social e financeira.
Milton Antonio Leitão é Farmacêutico-Bioquímico – CRFSP 11972. Consultor técnico da Farmácia Formula Athiva. Rua Regente Feijó , 118 – fone 3813-1499.