Eudélcio Dias com empresários latino-americanos aos quais acompanhou durante a Copa
Na medida que vão se esvaindo as lembranças do recém-encerrado Campeonato Mundial de Futebol entre seleções nacionais realizado de 12 de junho a 13 de julho no país, ainda existem pessoas que procuram examinar de forma mais criteriosa e desapaixonada os efeitos positivos e negativos que o evento trouxe e pode ainda trazer aos brasileiros de uma forma geral. O consultor empresarial Eudélcio de Oliveira Dias, 58, é uma das pessoas que jogam do lado dos otimistas.
Dono de uma carreira profissional construída ao longo de quase 40 anos de estreito contato com empresários do setor de revenda de máquinas agrícolas de diversos países latino-americanos e africanos a partir da marca Nogueira, Eudélcio Dias avalia que do ponto de vista estritamente vinculado a imagem que o país e, principalmente, o povo brasileiro construíram ao longo da disputa, o Brasil saiu engrandecido. “Aquela onda de turistas do exterior varrendo o país de norte a sul, todo mundo feliz, todo mundo contente, bem tratado e numa harmoniosa convivência com os brasileiros, pode ter certeza, já rende ao país uma imagem das mais positivas. Sem dúvida, isso vai acabar se traduzindo num maior fluxo de turistas para o nosso país e, de certa forma, ajuda também na relação de interpessoalidade de quem atua no comércio exterior”, sinalizou.
Ele próprio teve uma pequena amostra ao vivo e em cores da forma como o futebol é capaz de promover um saudável intercâmbio. Eudélcio foi um dos escolhidos pela agência oficial de promoção da atividade de exportação do governo federal (Agência de Promoção e Investimentos, a APEX) para recepcionar durante cinco dias em nome da marca Nogueira, empresa onde trabalhou por 38 anos e que hoje pertence ao grupo NB Máquinas, três empresários de origem distinta, um mexicano, um venezuelano e um colombiano. Todos estes empresários ganharam ingresso, deslocamento, e hospedagem para assistir a partida entre Brasil e Chile, disputada no Mineirão no dia 28 de junho, nas oitavas-de-final, quando a seleção se classificou para a etapa seguinte nos pênaltis.
Eudélcio conta que foi o cicerone dos três estrangeiros. “Eu os acompanhei durante todo o tempo, fiz o melhor para que se sentissem em casa e posso afiançar que os três ficaram encantados com a recepção que tiveram”, disse.
A exemplo dele próprio, outros agentes brasileiros também receberam semelhante incumbência. Com a experiência de quem já visitou mais 30 países, Eudélcio Dias não titubeia em afirmar que do ponto de vista da integração latino americana a Copa fez mais do que muitas cimeiras do campo diplomático. “Eu vejo um resultado muito positivo deste tipo de integração. A convivência dos brasileiros, até mesmo com os argentinos, que descontando a questão da rivalidade dentro de campo, tem sido sempre frutífera, com pessoas de países vizinhos foi de um astral muito elevado, com muito calor humano e este tipo de acolhida ninguém esquece”, asseverou.
Após 38 anos de Nogueira, Eudélcio decidiu dar à experiência acumulada a partir de 1974, quando por uma questão absolutamente estratégica foi chefiar um escritório da empresa em São Paulo para melhor contatar clientes do Brasil todo e a partir daí para países vizinhos, um toque mais pessoal criando a Dias Brasil Representação de Comércio Exterior. “ Coloco minha experiência para incrementar o comércio exterior de empresas da nossa cidade e também da nossa região”, resumiu.
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