A adoção de um plano de paz na Síria é o único tema da reunião hoje (29) dos líderes da Liga Árabe (que reúne 22 nações) em Bagdá, no Iraque. Porém, apenas oito dos 22 representantes do grupo estão presentes. O plano em debate foi aceito pelo governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, mas é observado com desconfiança pela oposição.
A onda de violência na Síria dura um ano e a estimativa é que mais de 9 mil pessoas morreram em decorrência dos embates entre manifestantes e forças de segurança do governo. Os manifestantes defendem mais abertura política, a renúncia de Assad e o fim das violações aos direitos humanos. Os líderes políticos querem, na reunião de hoje, mostrar o fortalecimento regional depois da retirada das tropas norte-americanas.
Anteontem (27), Assad indicou que pretende adotar o plano, que prevê o cessar-fogo e a criação de um corredor humanitário, entre outros aspectos. No entanto, a oposição síria desconfia da promessa de Asasd de cumprir a proposta.
O plano, apresentado pelo enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan, determina também a liberdade de imprensa e expressão, além da abertura para o diálogo político. O assunto foi tema do discurso da presidenta Dilma Rousseff no encerramento hoje da 4ª Cúpula do Brics (grupo formado pelo Brasil, a Rússia, China, Índia e África do Sul).
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