A saída do PP, PRB e PSD da base aliada do governo no Congresso a poucos dias da votação sobre a admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff no plenário da Câmara não neutraliza a capacidade ofensiva do governo na disputa pelos votos dos deputados, disse o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Edinho Silva, em entrevista ao programa Palavras Cruzadas, da TV Brasil.
Edinho reconheceu que o cenário é ?ruim?, mas disse, durante a entrevista que foi ao ar na noite de ontem (13), que Dilma continua confiante de que sairá vitoriosa no domingo.
?Foi bom eles terem anunciado na última semana que precede o impeachment? Evidente que não. Tudo isso é ruim. Agora, isso neutraliza a capacidade de reação do governo? Não. Isso neutraliza a capacidade de diálogo do governo? Não. Isso neutraliza a capacidade ofensiva do governo diante da organização parlamentar na Câmara dos deputados? Também não. E mesmo diante desses fatos o balanço hoje é que nós teríamos os votos suficientes?, disse o ministro.
Edinho também comentou as declarações de Dilma a jornalistas ontem (13), no Palácio do Planalto, quando ela disse que estava confiante em uma vitória no plenário da Câmara e que, caso isso ocorresse, iria propor um pacto nacional. Ao ser questionada sobre se participaria do pacto caso perdesse, a presidenta declarou: "se eu perder, sou carta fora do baralho?.
Para Edinho, a declaração teve seu contexto mal explicado, tendo sido proferida em um momento de descontração, após o encerramento da entrevista e que não reflete nenhuma resignação por parte da presidenta em relação a seu afastamento. ?Se vocês estivessem lá, vocês entenderiam o contexto. Em todo momento ela se mostrou otimista em vencer o impeachment e ela mostrou mais que isso: a disposição de, no dia seguinte ao impeachment, mostrar uma agenda de união nacional?, disse ele.
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