Com dificuldades nas últimas partidas que disputou no Morumbi pelo Campeonato Brasileiro, o time comandado pelo técnico Adilson Batista deu sinais de que poderia conseguir uma fácil vitória diante da equipe de Cuca. O primeiro gol dos anfitriões saiu logo aos 19 segundos de jogo, no primeiro ataque são-paulino: Lucas invadiu a área pela direita e chutou cruzado, forte, no canto do gol de Renan Ribeiro, para fazer 1 a 0. Explosão nas arquibancadas lotadas do Morumbi.

Empurrado pelos 60 mil torcedores que foram ao estádio para prestigiar a festa de Rogério Ceni, o São Paulo manteve o ritmo nos minutos seguintes. Aos quatro, Dagoberto cobrou falta pela direita e fez o levantamento para a grande área atleticana, mas Leonardo Silva fez o corte de cabeça. Três minutos depois, aos sete, a jogada se repetiu, e mais uma vez o defensor do Atlético-MG tirou o perigo.

Quando estava bem melhor que o adversário e com maior controle do jogo, o São Paulo deu bobeira em seu sistema defensivo e cedeu o empate ao Atlético-MG. Aos 11 minutos, após cobrança de escanteio pela esquerda, o zagueiro Réver desviou de cabeça, sem chances para Rogério Ceni, que ficou parado e só observou a bola entrar: 1 a 1.

Os comandados pelo técnico Adilson Batista continuaram apostando nos chutes de longa distância e tiveram algumas boas oportunidades de passar à frente do placar ainda no primeiro tempo. Aos 18 minutos, Dagoberto invadiu a área do Atlético-MG pela direita e chutou, mas a zaga adversária travou na hora certa. Aos 22, o mesmo Dagoberto cobrou falta para a área, mas o ex-são-paulino Richarlyson tirou de cabeça. Aos 24, Jean arriscou da entrada da área, mas a bola passou à esquerda do gol de Renan. E, aos 25, Lucas também arrematou de fora da área, por cima.

Ainda na etapa inicial, o Atlético-MG também deu sua resposta e voltou a chegar com perigo ao gol do São Paulo. Aos 32 minutos, Daniel Carvalho acionou André, com liberdade, em direção à área adversária, mas Rogério Ceni se antecipou de cabeça e evitou o pior. Aos 39, Guilherme, que havia acabado de entrar no lugar de André, finalizou, mas o capitão tricolor fez defesa segura no meio do gol.

No segundo tempo, toda a pressão estava em cima do São Paulo, pelo estádio lotado, pela festa para seu maior ídolo e pela chance de assumir a liderança do Brasileirão. E a equipe voltou em cima do Atlético-MG e, assim como na etapa inicial, não demorou muito para chegar ao gol. Aos sete minutos, em mais um chute de fora da área, Dagoberto arriscou uma bomba e fez um golaço, acertando o canto direito do gol atleticano: 2 a 1.

Aos 18 minutos, atendendo ao tradicional pedido da torcida do São Paulo, que já gritava por seu nome desde o primeiro tempo, o técnico Adilson Batista tirou Cícero de campo e colocou o veterano Rivaldo em seu lugar. Já muito querido pelos são-paulinos, o pentacampeão mundial foi ovacionado ao entrar na partida, como sempre vem acontecendo quando pisa no gramado do Morumbi.

O São Paulo teve boa chance para fazer o terceiro gol e liquidar a partida aos 21 minutos, mas Dagoberto desperdiçou a oportunidade de fazer seu segundo no jogo. Ele acertou um belo chute da entrada da área, mas a bola foi por cima do gol, levantando a torcida que lotava o Morumbi. Aos 27, o Atlético-MG respondeu com Guilherme: ele foi lançado com liberdade na área do São Paulo, pela esquerda, e pegou de primeira, mas mandou pelo alto.

Para piorar para os visitantes, aos 34 minutos, o zagueiro Leonardo Silva foi expulso de campo após uma chegada violenta em Carlinhos Paraíba, recebendo o cartão vermelho direto. Se já estava difícil com 11, com dez jogadores a situação do time do técnico Cuca ficou dramática. E o São Paulo administrou a vitória e garantiu a liderança no dia histórico da festa de mil jogos de Rogério Ceni.