19/10/2014 | Paolo Colosso: Será como cinto e capaceteNo livro Cidade para Pessoas Jan Gehl relata sua experiência na requalificação urbana de grandes capitais. O urbanista defende que as cidades nas quais atuou – Copenhagen, Melbourne, São Francisco entre outras -- não equacionaram o tráfego de um dia para o outro, tampouco criaram mais e mais vias para automóveis. Gehl defende que suas propostas foram no sentido contrário, isto é, restringir os espaços de automóveis no centro, fortalecer a rede do transporte público, criar passeios agradáveis para pedestres e preparar a cidade para as bicicletas. Não por acaso atualmente em Copenhagen, uma cidade fria na Dinamarca, 40 % de todos os deslocamentos são feitos em bicicleta. A cidade tem uma das melhores infraestruturas de ciclovias e é um modelo internacional. As reflexões de Gehl reforçam, a meu ver, o que mencionei há algum tempo: o urbanismo não é somente o esforço de organizar a estrutura física da cidade, mas sobretudo uma força de reorientação sociocultural. Isto implica mudanças nos padrões de comportamentos coletivos.
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