
Entre as pessoas que conheci no segmento esportivo, muitas delas reconhecidamente autoridades nacionais e internacionais, talvez pelo grande exemplo de atleta profissional que foi, cumpridor das suas obrigações como jogador e cidadão, em um Congresso realizado em São Paulo, no Anhembi, também fruto da sua simplicidade e simpatia, Vladimir é um excelente camarada, atualmente Secretário de Esportes de São Sebastião/SP e um dos quadros importantes do PcdoB.
Já fazem dois anos que não falo com ele mas, certamente, ele continua sendo o grande ídolo da torcida corinthiana.
Vamos conhecer um pouco de Wladimir Rodrigues dos Santos, nascido em 29 de agosto de 1954. Certa vez, ele disse: "Sou o atleta que mais vestiu a camisa do Corinthians e tive sempre sintonia com a Nação Corinthiana. Neste grande Corinthians , aprendi o que era vida. Uma verdadeira escola. Todo garoto deveria ter a oportunidade que eu tive. Foi mágico, espetacular!"
Vladimir iniciou sua consagrada carreira esportiva ainda nas equipes de base do Corinthians, tornando-se titular da equipe no ano de 1972, durante uma excursão à Europa, sob o comando do técnico Duque, firmando-se na posição no ano seguinte, já sob o comando do disciplinador Yustrich.
Foi titular absoluto da camisa 4 até 1985, quando deixou o time para jogar no Santo André, foi recordista do maior número da atuações seguidas no mesmo time: 161 jogos sem contusões ou suspensões.
Wladimir é o corintiano com mais jogos pelo campeonato brasileiro (268), sendo que nenhum outro jogador entrou em campo com a camisa do Corinthians tantas vezes. Ele atuou 806 vezes com a camisa do Timão.
Ninguém compreende porque este jogador, pela sua categoria e nível técnico foi tão injustiçadotendo sido convocado uma única vez para jogar pela Seleção Brasileira, contra a Colômbia em jogo válido pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1978. O empate de 0x0 foi considerado vexatório e por conta disso, o técnico Osvaldo Brandão acabou pedindo demissão. Wladimir, que não teve culpa do resultado, acabou ficando marcado e não voltou mais a ser chamado para a Seleção. Em 1978, por exemplo, Cláudio Coutinho preferiu improvisar o zagueiro Edinho como lateral-esquerdo, deixando de lado um Wladimir em excelente forma. Para mim outra grande injustiça!
A Democracia Corintiana, em 1982, teve Wladimir como um dos líderes ao lado dos ídolos Sócrates e Casagrande. O movimento, que permitia que os jogadores participassem de todas as decisões técnicas (por exemplo, os jogadores votavam se queriam ir para a concentração ou não), causou muita controvérsias, mesmo com o time conseguindo ser campeão paulista daquele ano.
Porém um dia ele teve que enfrentar o seu ex-clube e a primeira vez foi no Campeonato Paulista de 1987: foi aplaudido pela torcida corintiana, jogou bem, e o Santo André ganhou por 3 a 1
É considerado, pela maioria dos especialistas em futebol, como o melhor lateral-esquerdo da História do Corinthians.
Um dos grandes premios e reconhecimemto pela sua carreira foi em 1998, quando foi eleito, pela Federação Paulista de Futebol, para a seleção de todos-os-tempos do Campeonato Paulista, ao lado de grandes nomes como Pelé, Rivelino, Ademir da Guia e outros.
Como” filho de peixe, peixinho é” Wladimir é pai do lateral-direito Gabriel, revelado pelo São Paulo, passou pelo também Fluminense.
Espero reencontrá-lo em breve, certamente aqui em nossa querida Itapira!!!
Até a próxima!
Luizinho Domingues “Pasté”