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Itapira, 21 de Novembro de 2024
Artigo
13/07/2013 | Valeria Vassoler: Intolerância à Lactose. O que é isso?

 

Pode ser um sinal da chamada intolerância à lactose, ou seja, incapacidade parcial ou total de digerir o açúcar presente no leite e seus derivados. No entanto, antes de eliminar os lácteos da alimentação, saiba que há três tipos de intolerância a essa substância. A primária, mais comum a partir da adolescência, causada por uma tendência natural à diminuição na produção de lactase, enzima que digere a lactose; a secundária, que geralmente acomete crianças no primeiro ano de vida, mas costuma ser temporária; e a congênita, que é rara e ocorre em pessoas que não produzem lactase desde o nascimento. Portanto, caso identifique sintomas desagradáveis – como náusea, dor ou distensão abdominal, gases, irritação intestinal ou diarreia – após ingerir derivados do leite, procure um médico, para diagnosticar o problema e indicar o melhor tratamento.
 
Qual é a diferença entre intolerância e alergia à lactose?
 
A alergia está relacionada às proteínas do leite, que podem causar uma reação imunológica no organismo e consequentes lesões no intestino e na pele, além de tosse crônica e bronquite. Nesses casos, a criança alérgica pode apresentar os sintomas apenas com a ingestão de uma pequena porção de manteiga, por exemplo. Já a lactose é o “açúcar” do leite e a intolerância a ela ocorre em organismos que não produzem a lactase. Os sintomas mais comuns são diarreia, excesso de gases e dores abdominais, e variam de acordo com a quantidade de leite ou derivados consumidos. Resumindo, alergia relaciona-se à proteína; a intolerância, à lactose.
 
Qual especialidade médica procurar caso haja suspeita de intolerância à lactose?
 
Em caso de crianças, o ideal é procurar um gastroenterologista pediátrico. Adultos devem buscar orientação de um gastroenterologista clínico.
 
Quais exames revelam a intolerância à lactose?
 
Para fazer o diagnóstico, o médico pode solicitar a prova de absorção da lactose. O paciente ingere uma quantidade padrão de lactose por via oral e, depois, é medida a glicose sanguínea, já que a lactose se transforma em glicose. Outra possibilidade é dosar o hidrogênio no ar expirado pelo paciente.
 
Qual é a recomendação em caso positivo de alergia ou de intolerância à lactose?
 
No caso de alergia, a criança é submetida a uma dieta de exclusão em que não consome leite ou qualquer tipo de derivado nos primeiro anos de vida – após essa fase, a maior parte dos pacientes deixa de ter manifestações alérgicas à proteína do leite. Quem desenvolve intolerância à lactose precisa diminuir o consumo de leite e seus derivados e perceber quanto consegue ingerir por vez sem que haja incômodo. A pessoa pode também recorrer aos leites modificados, com baixo teor de lactose, que muitas vezes são bem tolerados.
 
Quem não consome leite, que é rico em cálcio, mineral importante para os ossos, pode ingerí-lo de que outra forma?
Para as crianças com alergia, que não podem ingerir nenhuma quantidade de leite, existem as fórmulas modificadas que já são suplementadas com cálcio. Já os intolerantes podem usar os leites com baixo teor de lactose, que mantém os níveis de cálcio.
 
Fonte: Fleury
 
Fonte: Valeria Vassoler

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