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Itapira, 25 de Novembro de 2024
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11/06/2014 | "Nós introduzimos arranjos eletrônicos na música sertaneja”, garante Léo Canhoto

  

Apesar dos 69 anos de idade e quase 40 de carreira ao lado do “companheiro e irmão” Robertinho, o cantor e compositor Leo Canho­to, ainda exibe aquele visual característico de cabelos compridos, cha­pelão e óculos escuros que tem sido sua mar­ca durante todos estes anos. No domingo, 01, antes de subir ao palco do Recinto Agropecuário “Carmen Ruette de Oli­veira” para cantar para o público que foi presti­giar a décima-primeira edição da Tratorata, ele conversou com a re­portagem do jornal A Cidade.

 

Bem disposto e bem articulado nas respostas, ao contrário do parceiro que é pessoa de poucas palavras, Léo Canhoto, ou Leonildo Sachi, na­tural de Anhumas, que fica no interior de São Paulo, disse que estava satisfeito em retornar a Itapira, onde já havia se apresentado numa ocasião em um circo mambembe e chegou a rodar algumas cenas do célebre filme Chumbo Quente, em 1979, na cidade. “Rapaz, mudou tudo, a cidade cresceu muito”, impressionou­-se.

 

Apesar de não figu­rar com regularidade nas paradas de sucesso das emissoras de rádio como era comum em meados dos anos 70 e 80, o cantor garante que a popularidade da dupla jamais foi abalada. “Fazemos em média de três a quatro shows por semana e temos leva­do em alguns locais do país público de até 40 mil pessoas”, garante. A dupla, mais o sanfoneiro Weslei Matorazzo, 26, (ex- Paula Fernandes), percorre o país e a maior receptividade é encon­trada em estados das regiões Centro-Oeste e Norte do país.

 

Indagado a respeito do que pensa da po­pularidade, da fama e dinheiro dos astros da chamada “sertanejo universitário”, Leo Ca­nhoto disse que ainda não assimilou direito o que esse pessoal toca. “É uma música assim meio diferente, mas que caiu no agrado princi­palmente da moleca­da”, contemporizou. Ele diz que se trata de um movimento muito diferente da música de sua geração, que reve­lou exponentes como Milionário e José Rico, Duduca e Dalvan, João Mineiro e Marciano, Lio e Léo, entre outros, e da geração subsequente que tem como ícones Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo, Zezé di Camargo e Lucia­no, João Paulo e Daniel, entre outros.

 

Tocou em um ponto interessante, o do uso de instrumentos ele­trônicos, fartamente utilizados hoje em dia e que, segundo ele, foi uma novidade introdu­zida pela primeira vez por ele e pelo parcei­ro. “Nós introduzimos recursos eletrônicos numa época em que isso era vi sto quase como uma heresia”, afirmou. “Usamos ba­teria, harpa e teclados eletrônicos, mais com a pretensão de criarmos uma espécie de efeito especial para compo­sições que fazíamos e que acabou fazendo muito sucesso e que acabou, evidentemen­te, inspirando outros artistas”.

 

Goiás

 

Leo Canhoto contou ainda que veio a conhe­cer o colega em Goiás, em apresentações ar­tísticas levadas naque­le estado. José Simão Alves, o Robertinho, de idade não revela­da, é natural de Buriti Alegre-GO. Decidiram que tinham uma “boa química” para cantar juntos e assim nasceu a dupla, cujo apogeu foi vivenciado no final dos anos 80, antes do chamado segundo ciclo da música sertaneja. Leo Canhoto é o prin­cipal compositor das músicas da dupla e é dele a maioria delas. “Usamos poucas músi­cas de outros autores”, finalizou.

Fonte: Da Redação do PCI

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