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10/05/2015 | A arte de ser mãe e enfrentar o mundo globalizado

O mundo atual não tem mais espaço para as tradi­cionais donas de casa, que apenas cuidam da prole e dos afazeres rotineiros dentro do lar. O mundo globalizado requer mulheres cada vez mais atuantes fora do lar, exercendo profissões que exigem tempo integral.

E nesse contexto se en­caixam duas mães com filhos pequenos, mas que precisam trabalhar fora para garantir o sustento da casa e um lugar no mercado de trabalho. A vida delas não é nada fácil. Mas, cada uma do seu jeito, vão levando a vida profissional e cuidando dos filhos.

As rotinas de Valéria Pi­nheiro de Souza e Talita de Lima Baldessini são um tanto quanto parecidas. As duas são mães e estão inseridas no mercado profissional.

Valéria, que trabalha como auxiliar na biblioteca do IESI (Insituto de Ensino Supe­rior de Itapira), das 13h30 às 22h30, tem uma rotina bastante corrida para poder dar atenção também á filha Stella, de cinco anos. “Minha rotina é corrida, pois tenho que dar conta do trabalho de casa e ainda brincar, pintar e bordar com minha pequena Stella, pois é o único horário em que ficamos juntas”, re­vela. “Almoçamos todos os dias juntas, só depois que ela vai pra escolinha que eu vou trabalhar, mas eu gosto desse horário porque posso ficar com a Stellinha de manhã e fazer o serviço de casa”.

Para Talita, que é maquia­dora profissional e designer de sobrancelhas, também é corrido, mas ela garante que está conseguindo dar conta dos afazeres profissionais como maquiadora profissio­nal no Senac Itapira, onde está há dois anos e nos finais de semana faz maquiagens em um salão da cidade. “Desde quando Pietro tinha 11 me­ses de vida, resolvi voltar à rotina de trabalhar fora, pois eu tinha um negócio próprio. Ele se adaptou muito bem na escola, onde passava meio período”, lembra. “Mas a vida e o trabalho me exigiam um tempo maior na empresa, pois viajava bastante, então a rotina entre eu e meu filho foi ficando cada vez mais distante, pois ele começou a frequentar a escola em período integral”.

Talita acredita que hoje tudo ficou um pouco mais ajustado, principalmente de­pois que mudou de emprego. “Depois de dois anos, mudei de empresa e hoje trabalho meio período para ficar mais tempo com ele”, explica. “As­sim temos uma qualidade de vida muito melhor que anos atrás, com mais atenção”.

Mas, e quando não estão em casa, quais são os métodos que adotaram para que os filhos pequenos não sofram com a ausência da mãe? Valé­ria explica que conta com três tipos importantes de ajuda na hora que tem que deixar a filha Stella para ir para o trabalho. “Graças a Deus eu tenho vizinhas maravilhosas que me ajudam muito na hora do aperto, tenho tam­bém minha filha Hellen, de 19 anos, que ajuda quando dá, pois estuda à noite e a Amanda que é a babá, que fica com ela até eu chegar do serviço”, conta.

Já Talita tem ajuda caseira e sabe que pode ir trabalhar de forma tranquila, pois o filho Pietro, de cinco anos, estará em boas mãos. “Tenho ajuda de alguns anjos na minha vida, minha mãe e duas tias dele que me ajudam muito”, agradece.

Forças

Mas, Valéria e Talita ga­rantem que fariam tudo de novo, caso fosse necessá­rio. Conciliariam trabalho com a rotina diária de quem tem filho pequeno para cuidar.

“Sim, faria tudo de novo porque é muito gratificante chegar em casa e ter as mi­nhas filhas me esperando; a pequena corre e me abraça, me dá um beijo e fala ‘mamãe, senti saudades suas, eu te amo’ e a maior me atropela com um monte de perguntas e pedidos, é claro”, conta. “E, é nesse momento de volta para minha casa e com minhas filhas que eu sei que elas são minhas e eu sou literalmente delas, pois se trabalho mesmo com todas as dificuldades de ter filhos para cuidar é para dar o melhor para elas, que são meu coração batendo fora do peito”.

Talita concorda e garan­te que faria tudo de novo, caso fosse necessário. “Se eu tivesse que voltar no tempo, faria tudo denovo, pois amadureci muito”, diz. “Depois que me tornei mãe, acho forças onde pensei que não tivesse, o Pietro é essa força, com certeza, guiado por Deus, sem meu filho não seria a pessoa que sou hoje”.

E, do alto da experiência que ambas têm com essa rotina corrida, garantem que não há nada melhor no mundo do eu ser mãe. “Ser mãe pra mim é dar o meu melhor, é maravilhoso, pois só quando se é mãe você realmente entende todo o amor da sua mãe por você”, frisa Valéria. “Ser mãe não tem limites, é tempo sem hora, é luz que não se apaga, é amor que nunca se acaba. Ser mãe é renunciar, lutar e sair ven­cedora, por isso, sou mãe, sou mulher, sou guerreira e sou feliz”, reforça Talita.

Talita e o pequeno Pietro: “Acho forças onde pensei que não tivesse”

Valéria e as filhas Stella e Helen: “sei que elas são minhas e eu sou literalmente delas”

Talita e Pietro: “Faria tudo de novo”

 

Valéria: ”Chego em casa e tenho que brincar, pintar e bordar com a minha pequena Stella”

Fonte: Da Redação do PCI

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