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Itapira, 22 de Novembro de 2024
Notícia
02/11/2012 | AI vê crime de guerra em vídeo com execução de soldados sírios

 Renata Giraldi*

Repórter da Agência Brasil

Brasília -  O vídeo divulgado na internet com imagens de rebeldes sírios executando soldados do governo será analisado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para verificação da autenticidade. A Anistia Internacional condenou os atos e alertou para a existência de crime de guerra. A estimativa é que pelo menos 28 militares foram executados.

As imagens mostram um grupo de atiradores cantando e agredindo com chutes os prisioneiros, que aparecem jogados no chão. Pouco depois, o som de uma metralhadora é ouvido e em seguida cadáveres são revelados pela câmera. Os soldados de Bashar Al Assad teriam sido capturados no Norte da Síria, perto de Alepo, a segunda maior cidade do país.

Na ONU, o vídeo será analisado para se conferir sua veracidade. "Como outros vídeos, é difícil de verificar imediatamente, em termos de localização e das pessoas envolvidas. É necessário fazer uma análise com cuidado. Mas parece que as vítimas eram soldados", disse o porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos, Rupert Colville.

A organização não governamental (ONG) Anistia Internacional criticou a execução dos prisioneiros exibida no vídeo. Segundo a ONG, as imagens foram feitas na região de Idlib, no Norte da Síria, próxima a Alepo. A vice-diretora da organização para o Oriente Médio e África, Ann Harrison, classificou as imagens de terríveis.

Segundo Ann, as imagens “demonstram desprezo pelo direito internacional humanitário" e confirmam a existência de crimes de guerra. "Mais uma vez apelamos a todas as partes para que respeitem as leis de guerra e abstenham-se dos maus-tratos, tortura e morte de presos", disse ele.
 
O conflito na Síria completa 20 meses, registrando mais de 33 mil mortos e 2,5 milhões de pessoas que necessitam de ajuda humanitária. Mais de 250 mil sírios deixaram o país em busca de refúgio nos países vizinhos.

*Com informações da agência pública de notícias da Argentina, Telam, e da BBC Brasil

Fonte: Agência Brasil

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