Em recente reunião com membros do Governo Federal, representantes da Odebrecht afirmaram que só irão começar as obras do futuro estádio corintiano quando obtiverem o financiamento do BNDES. O problema é que ainda não conseguiram fechar a operação para dar garantias ao banco.
Por conta desse e de outros atrasos, os funcionários da construtora contaram que o mais provável é a entrega da obra só no início de 2014. Mesmo que seja mantida a previsão de começar os trabalhos em maio. A diretoria do clube planeja a inauguração para o final de 2013.
Garantias para oferecer em troca do empréstimo a Odebrecht tem. Só que a construtora não quer comprometer seu limite de endividamento com a obra. Por isso busca uma alternativa para que não tenha que empenhar seus ativos na operação.
Uma das tentativas foi usar os bônus que receberá pelo plano de incentivo a investidores na região de Itaquera. Daria esses títulos para a Caixa Econômica Federal, que pegaria o empréstimo no BNDES. Mas a Caixa não se interessou. Existe aí mais um entrave. A Câmara Municipal de São Paulo ainda precisa aprovar o projeto de lei de incentivo à Zona Leste. Como convencer alguém a aceitar os bônus antes da aprovação?
A opção de o Corinthians oferecer as garantias está praticamente descartada. O banco não considera sólidas as propostas feitas por clubes. O São Paulo, por exemplo, não conseguiu financiamento para o Morumbi.
Na pior das hipóteses, se não encontrar intermediários nos próximos dias, a Odebrecht terá que mudar os planos e pegar diretamente o dinheiro.
A situação relatada em Brasília contrasta com as palavras de Andrés Sacnhez, que disse ao Senado que o empréstimo junto ao BNDES já estava solucionado e que o estádio será entregue em 2013.
Comentários, artigos e outras opiniões de colaboradores e articulistas não refletem necessariamente o pensamento do site, sendo de única e total responsabilidade de seus autores.