E eu não consigo entender o sentido de alguns olhares.
Olhares frágeis e tímidos, que me dá a sensação de que a vida “aperta” sempre que pode. Outros, felizes e sinceros, me dá a sensação de que o coração bate tranquilo.
Olhares são poderosos. Alguns atiram para todos os lados. Outros, mantém o foco num só alvo. Alguns são fortes e impactantes, sendo capazes de penetrar nossa alma. Outros, são meigos e fofos, sem nenhuma má intenção.
Olhares são jogos e perigos, armadilhas e tentações.
Alguns entrelaçam uma linha, desviando toda hora, carregando no fundo, a vontade de querer mais.
Por vezes, olhares são indesejáveis. Por outras, até se chama a atenção para que se olhe.
Olhares ganham, completam, balançam e atingem. Arrepiam ou tranquilizam. Afasta ou aproxima. Olhares são misteriosos e nunca se sabe o porque de tantos desvios.
Olhares libertam ou seguram. Alguns, por mais que não seja a nossa vontade, nos ganham inteira e infinitamente.